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- Publicada em 26 de Maio de 2017 às 00:39

Comunismo e muitas guerras

A maldição de Stalin (Record, 558 páginas, tradução de Joubert de Oliveira Brizida) é um trabalho de fôlego sobre acontecimentos mundiais marcantes envolvendo o projeto de expansão comunista na Segunda Guerra Mundial e seus ecos para além da Guerra Fria.
A maldição de Stalin (Record, 558 páginas, tradução de Joubert de Oliveira Brizida) é um trabalho de fôlego sobre acontecimentos mundiais marcantes envolvendo o projeto de expansão comunista na Segunda Guerra Mundial e seus ecos para além da Guerra Fria.
Robert Gellately, o autor, é professor de História da Cátedra Earl Ray Beck na Universidade Estadual da Flórida. Ele escreveu livros aclamados como Apoiando Hitler: consentimento e coerção na Alemanha Nazista e Lenin, Stalin e Hitler: a era da catástrofe social - ambos traduzidos para mais de vinte idiomas. Foram publicados no Brasil pela Editora Record.
Jörg Baberowski, historiador alemão de renome internacional e professor de História da Europa Oriental na Humboldt University, escreveu que era plenamente possível que Stalin tenha sido ou se tornado um psicopata, que gostava de matar e achava que a violência era um fim em si mesma, sem importar ideologias ou motivos para isso. Gellately não chega a tanto. Entende que a ideologia marxista-leninista interpretada por Stalin orientava os homens dos altos escalões, além de inspirar outros muitos milhões. As interpretações de Stalin afetaram profundamente as políticas econômica, social, cultural e exterior do país, e a vida de cada cidadão foi transformada. Mais do que mero terror, as políticas de Stalin dominaram a União Soviética e a Europa Oriental por décadas em países como a China. Depois da morte de Stalin, durante quarenta anos a União Soviética seguiu suas diretrizes.
Líderes soviéticos e elites governantes continuavam a articular suas posições em grande parte na linha stalinista, até a edificação do outrora poderoso Império Vermelho ruir por completo.
Com base em numerosos documentos originais russos e outras fontes do Leste Europeu, liderados após o fim da União Soviética, além de muitos outros documentos alemães, americanos e ingleses, o historiador best-seller Robert Gellately delineou as origens dessa influência desde o seu período de incubação, durante os primeiros dias da Segunda Guerra, até a morte de Stalin, em 1955 e examina profundamente muitos aspectos do ditador, que queria espalhar o comunismo pelo mundo.
O trabalho de Gellately é importante, na medida em que, mesmo em nosso mundo do século XXI, ditadores de vários matizes seguem infernizando a vida de milhões de pessoas, em várias partes do planeta. O culto à personalidade, o uso da violência e as ideias de dominação de Stalin estão bem narradas e estudadas por Gellately.

lançamentos

  • Autoestima (Edição do autor, 252 páginas), do psiquiatra e neurocientista Diogo Lara, é um romance que narra como a protagonista recuperou sua autoestima, usando técnicas e não remédios. Mostra como o excesso de sensibilidade emocional à críticas, rejeição e necessidade de agradar a todos estão ligados à autoestima.
  • Xadalu - Movimento urbano (Joner Produções, 140 páginas), organizado por Adauany Zimovski, Carla Joner e Dione Martins, tem textos de Dione, Adauany, Vitor Mesquita, Francisco Dalcol, André Venzon e Patrícia Ferreira sobre o artista Xadalu. Arte urbana, Toniolo e temáticas indígenas em fotos em cores e em preto e branco.
  • Diálogos (Editora Metamorfose,130 páginas), organizado e editado pelo escritor e ministrante de oficinas literárias Marcelo Spalding, apresenta 24 contos em forma de diálogos, de autoria dos oficineiros da Metamorfose Cursos. Obra onde até a apresentação é em diálogos, prima pela singularidade.

Sexo, futebol, política, religião e redes sociais

Definitivamente, essas coisas de sexo, futebol, política, religião e outros bichos andam complicadas nas redes sociais. Estou até pensando em consultar a Célia Ribeiro, a Danuza Leão e a Gloria Kalil para saber como me comportar melhor na web. Não está fácil. Tenho 2.745 amigos no Facebook, mas não gostaria de ficar perdendo-os ou arrumando mais confusões do que as que já tenho e que não são poucas.
Cheguei a pensar em dar um tempo fora das redes, tirar um período sabático ou, então, ficar só visualizando e lendo os conteúdos, sem me manifestar. Complicado. O que vou fazer é diminuir as horas com as redes, seja no iPhone, seja na tela do computador. Já nem sei mais quantas horas fico navegando. Nem pretendo contar, mas que é melhor diminuir, é.
Esse negócio de informação, opinião, curtidas e comentários nas redes me lembrou o que aconteceu um tempo atrás no Boteco do Manuel, no Centro do Rio de Janeiro. Pois uns caras começaram a discutir e brigar por questões de política e o Manuel falou: aqui não se pode discutir política. Passaram uns minutos, flamenguistas e torcedores do Fluminense iniciaram um fla-flu verbal brabo. O Manuel interviu: aqui não se pode discutir futebol. Bom, aí o papo enveredou por questões de religião, terrorismo etc, e a coisa já estava acalorada quando Manuel determinou: não se discute religião aqui dentro. Aí o Zé Carlos, que já tinha tomado várias, olhou para o Manuel e disse: e de sexo, podemos falar? Sim, de sexo, sim, respondeu o Manuel. Aí o Zé Carlos lascou: então, Manuel, vá se f...
Mas voltando à comunicação dita "fria", especialmente em grupos, é melhor ir com calma nesses temas polêmicos. Mais tranquilo ficar postando fotos de netos, filhos, familiares, gato, cachorrinho, vovó e vovô. Uns publicam fotos até de quartos de hospital. Só falta postarem fotos de cirurgias em andamento. Pessoas adoram fotos e não se ligam muito em textos, especialmente os "tijolões". Esses dias postei uma foto com minha mãe, no Parcão, no Dia das Mães - uns quatrocentos e cinquenta acharam uma gracinha, outros 50 e poucos fizeram doces comentários. Mãe é mãe.
Fotos de bebês, crianças e adolescentes, bem como de animaizinhos, são um sucesso. As redes parecem até aquelas colunas sociais de pequenas cidades do interior, com fotos emocionantes e quase nada de texto para chatear. Pois é, principalmente num Estado gre-nal como o nosso, é complicado ficar comentando sobre política e futebol, em especial. Mas bem que a criatividade antes e depois dos jogos é até divertida nas redes. Está lá nas redes, tricolores experientes falando para os colorados: enquanto tu estás indo, já fui e voltei duas vezes.... Achei um pouco malvada essa mensagem: a casa do Collor caiu, a casa da Dilma caiu, a casa do Lula caiu, a casa do Temer caiu. Só a do Grêmio não caiu porque ele não tem... Achei a mensagem de gosto duvidoso e não fiquei espalhando, pois respeito os queridos coirmãos. O tricolor deve seguir forte, imortal, para que sigam as festas coloradas nos gre-nais...

a propósito...

Brincadeiras à parte, o certo é que todos precisam fazer um esforço para não desrespeitar os outros nas redes. Evidente que, se a pessoa espera um pouco para reagir a um comentário ou mensagem, melhor. Mas parece que todo mundo anda hipercinético, sanguíneo, respondendo na hora e aí as amizades acabam. Respeito é bom, todo mundo gosta, faz bem para a saúde e fortalece, muito, as amizades. Publicar fotos, informações ou fofocas de outros, sem autorização, melhor não. Enfim, delicadeza, educação, civilidade e velhas palavras como obrigado, desculpe e com licença cabem muito bem nas redes, onde a privacidade foi para o espaço. "Caiu na rede, é peixe", a gente dizia - agora diz: ajoelhou na rede, rezou!