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Montadoras

- Publicada em 18 de Maio de 2017 às 21:15

Carros têm a idade média mais alta em 10 anos

Veículos velhos ampliam número de acidentes de trânsito; fábricas defendem estímulo do governo a programa de renovação da frota

Veículos velhos ampliam número de acidentes de trânsito; fábricas defendem estímulo do governo a programa de renovação da frota


ANTONIO PAZ/ANTONIO PAZ/ARQUIVO/JC
Com vendas de modelos novos em baixa há quatro anos, em razão da crise econômica, os automóveis que rodam pelo País estão mais velhos. A dificuldade dos consumidores em comprar o primeiro carro zero quilômetro ou em substituir o modelo atual por um novo elevou para 9 anos e 4 meses a idade média da frota em circulação, a mais alta em 10 anos.
Com vendas de modelos novos em baixa há quatro anos, em razão da crise econômica, os automóveis que rodam pelo País estão mais velhos. A dificuldade dos consumidores em comprar o primeiro carro zero quilômetro ou em substituir o modelo atual por um novo elevou para 9 anos e 4 meses a idade média da frota em circulação, a mais alta em 10 anos.
Em 2006, a idade média dos automóveis brasileiros era de 9 anos e 2 meses. A partir daí, veio se renovando quase que consecutivamente até 2013, quando as vendas passaram a cair, após nove anos seguidos de alta. Em quatro anos, a frota envelheceu 10 meses. Somados aos comerciais leves, caminhões e ônibus, a idade média é um pouquinho mais nova, de 9 anos e 3 meses.
Veículos com até cinco anos de uso, chamados de seminovos, formavam 43% da frota em 2012, antes da crise. Hoje, são 34%, segundo um estudo da frota brasileira recém-concluído pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Veículos com seis a 15 anos de uso são 49% da frota; e de 16 a 20, 13%. Já aqueles com mais de 20 anos representam 4% do total.
"Há uma tendência de envelhecimento da frota em razão da menor entrada de carros novos no mercado", confirma o conselheiro do Sindipeças, Elias Mufarej. Nos últimos quatro anos, as vendas de veículos novos caíram 46%, de 3,8 milhões de unidades em 2012 para 2,05 milhões no ano passado.
Segundo Mufarej, esse quadro de envelhecimento da frota vai exigir um trabalho de orientação aos proprietários da necessidade de fazer a manutenção dos veículos para que "rodem em condições seguras". Para Mufarej, o segmento de caminhões é ainda mais preocupante, pois, em dois anos, a idade média da frota passou de 9 anos e 5 meses para 10 anos e 3 meses. "Se essa é a média, significa que há caminhões com mais de 25 anos rodando", diz. Ele defende urgência para um programa de renovação dessa frota.
O mesmo estudo estima em 42,8 milhões o tamanho da frota total circulante de veículos em 2016, apenas 0,7% maior que a do ano anterior. É o menor crescimento em mais de 10 anos. Só em automóveis, a frota é de 35,6 milhões de unidades, 1% a mais que em 2015.
No setor de motocicletas, a frota diminuiu 1,2%, para 13,4 milhões de unidades, fato inédito. "É um segmento que atende mais às classes B e C, que dependem do crédito direto, que ficou mais escasso", diz Mufarej. "O desemprego também contribuiu para a queda das vendas." O número de habitantes por veículo manteve-se em 4,8, mesma proporção do ano anterior, interrompendo a sequência de melhora no índice de motorização no Brasil, que era de 7,7 habitantes para cada veículo há 10 anos.
Na vizinha Argentina, esse índice é de três pessoas para cada carro, enquanto nos Estados Unidos é de praticamente um por um. Para calcular a quantidade de veículos em circulação no País, o estudo da frota, realizado anualmente pelo Sindipeças, considera uma taxa de mortalidade de 1,5% ao ano para os automóveis e de 1% para caminhões e ônibus, em razão dos veículos que são retirados de circulação por motivos variados, como acidentes com perda total e desmanche.
Em razão disso, os números são diferentes dos apresentados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), que não aplica essa taxa e, portanto, apresenta dados superiores. O objetivo do levantamento é dar subsídio às fabricantes de autopeças para a programação do tipo de peça que terão de produzir ao longo do ano.
 

Metalúrgicos da GM aprovam um lay-off para 1,5 mil trabalhadores

Montadora vendeu 72,4 mil veículos no acumulado de janeiro a março

Montadora vendeu 72,4 mil veículos no acumulado de janeiro a março


GENERAL MOTORS/GENERAL MOTORS/DIVULGAÇÃO/JC
A General Motors decidiu suspender temporariamente o contrato de cerca de 1,5 mil funcionários da fábrica de São José dos Campos (SP), onde são produzidos a picape S10, o utilitário Trailblazer, motores e transmissões. Ao todo, a unidade da montadora emprega aproximadamente 5 mil pessoas.
A dispensa - ou lay-off, como é conhecida a prática - vai durar cinco meses (de 5 de junho a 4 de novembro). A montadora também abrirá um Programa de Demissão Voluntária (PDV), pois alega estar com um excesso de 1,7 mil trabalhadores, segundo informa o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. A GM não comentou o assunto.
As adoções do lay-off e do PDV foram aprovadas em assembleia dos trabalhadores. A empresa se comprometeu em dar garantia de emprego a todos os funcionários até fevereiro de 2018. Durante o lay-off, os trabalhadores afastados continuam a receber o salário integral, sendo parte paga pela montadora e parte, pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do governo federal. Nesse período, eles passam por cursos de qualificação.
O sindicato informa também que, para chegar ao acordo, foram três meses de negociações com dirigentes da GM, que inicialmente não queriam aceitar o período de estabilidade para os empregados.
A GM é líder de vendas de carros no País e registrou alta de 6,8% nos negócios no primeiro quadrimestre em relação a 2016. No mesmo período, o mercado total caiu 1,6%. O modelo mais vendido da marca, o Onix, é produzido em Gravataí (RS).