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Leitura

- Publicada em 30 de Maio de 2017 às 14:37

Administração

Sandra Guerra, uma das principais autoridades brasileiras em governança corporativa, realizou 27 entrevistas com conselheiros de administração de empresas do País e do exterior e as uniu a outros 102 questionários anônimos para escrever "A caixa-preta da governança", livro prático que tem como foco os aspectos comportamentais da atuação em grupo.
Sandra Guerra, uma das principais autoridades brasileiras em governança corporativa, realizou 27 entrevistas com conselheiros de administração de empresas do País e do exterior e as uniu a outros 102 questionários anônimos para escrever "A caixa-preta da governança", livro prático que tem como foco os aspectos comportamentais da atuação em grupo.
O nome da obra faz referência à visão de pesquisadores de que os conselhos de administração são as caixas-pretas das companhias, ou seja, tratam de temas sigilosos das mesmas e geralmente não estão dispostos a disponibilizar dados e dar depoimentos que revelem o seu funcionamento. Sandra, que atua desde 1995 como conselheira e presidente de conselhos de administração em diferentes empresas, resolveu lançar luz sobre o delicado campo a partir do mestrado em Administração de Empresas pela FEA-USP, em 2009, ao observar também o crescimento do questionamento sobre o papel e a responsabilidade dos conselheiros frente aos sucessivos escândalos empresariais e financeiros que assolam o Brasil e o mundo.
Escrita em linguagem bastante acessível, a obra tem como principal objetivo fornecer uma bússola comportamental para administradores de negócios. A rotina apresentada serve como guia para que executivos possam atuar de forma mais confiante e tranquila na interação com os pares, acionistas e executivos, melhorando a tomada de decisões.
A caixa-preta da governança; Sandra Guerra; Best Business/Grupo Editorial Record; 376 páginas; R$ 70,00; disponível em versão digital

Empreender

O case de sucesso da Netshoes é o tema de "Sem limites", livro escrito pelo jornalista José Eduardo Costa, editor executivo da Exame e lançado em maio. Apesar de estar sempre associada ao meio digital, onde se tornou a maior empresa varejista de itens esportivos da América Latina, ela começou como uma loja de calçados na rua Maria Antônia, na capital paulista, em 2000. Os donos eram dois primos de ascendência armênia, Marcio Kumruian e Hagop Chabab.
Desde então, tudo mudou. A obra percorre essa trajetória mostrando os desafios da empresa em migrar da loja de rua para o comércio eletrônico - sem abrir mão do bom humor, como quando inclui uma conversa entre os dois sócios com um americano para compra da plataforma de e-commerce, sem que falassem inglês. Também inclui a montagem do primeiro centro de distribuição automatizado, a falência de uma loja em um shopping, a fracassada experiência da Sambashoes, primeiro investimento da Netshoes no mercado internacional, a dura disputa com concorrentes financiados por fundos de investimento, entre outros momentos marcantes.
É uma história de sucesso que certamente estimula o empreendedorismo, seja ele na plataforma digital, seja fora dela. A Netshoes fatura hoje mais de R$ 2 bilhões e emprega mais de 2 mil colaboradores.
Sem limites: do pequeno comércio de sapatos ao maior e-commerce esportivo da América Latina; José Eduardo Costa; Editora Gente; 224 páginas; R$ 35,00
 

Comportamento

Obra que influenciou áreas como Economia, Medicina e Administração, "Rápido e devagar: duas formas de pensar" (2011), escrita em parceria por dois psicólogos israelenses, virou artigo comum na mesa de executivos mundo afora e ainda gera curiosidade no meio. Pensando nisso, o economista Michael Lewis, colunista do site Bloomberg News e colaborador de veículos como The New York Times, Vanity Fair e The New Yorker, decidiu contar a história por trás do livro, no intitulado "O projeto desfazer", lançado em maio.
Lewis conta que foi uma sintonia improvável entre o extrovertido Amos Tversky, centro das atenções por onde passava, e o tímido e inseguro Danny Kahneman, sobrevivente do Holocausto, que deu origem à série de estudos que desfazia todas as suposições da época a respeito do processo humano de tomada de decisões, demonstrando que a mente, quando obrigada a fazer escolhas de incerteza, sistematicamente se engana. Ambos psicólogos de carreiras importantes no meio acadêmico e no Exército de Israel, suas experiências pessoais contaram muito para o inestimável trabalho que conduziram.
Eles teorizaram de forma eficiente, pela primeira vez, a relação entre o impulso e a razão, apontando a perigosa influência da memória e dos estereótipos nos processos de avaliação. Confiar apenas nos instintos pode levar à decisão errada, portanto - e isso vale muito para o mundo dos negócios.
O projeto desfazer; Michael Lewis; Editora Intrínseca; 368 páginas; R$ 50,00; disponível em versão digital