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- Publicada em 22 de Maio de 2017 às 13:42

Palco para todos os dançarinos


MARCO QUINTANA/JC
Camila Silva
Pessoas altas, baixas, gordas, magras, negras, brancas, com deficiências físicas e mentais, em situação de vulnerabilidade econômica ou com uma vida financeira estável dividem o mesmo palco porque, o que precisam ter em comum, é a vontade de dançar. Assim funciona o projeto Prode - Dança e Expressão, desenvolvido pelo Instituto Cia. Ideal (ICI) na cidade de Eldorado do Sul, cuja única exigência é, além da paixão pela dança, apresentar um boletim escolar regular para poder participar.
Pessoas altas, baixas, gordas, magras, negras, brancas, com deficiências físicas e mentais, em situação de vulnerabilidade econômica ou com uma vida financeira estável dividem o mesmo palco porque, o que precisam ter em comum, é a vontade de dançar. Assim funciona o projeto Prode - Dança e Expressão, desenvolvido pelo Instituto Cia. Ideal (ICI) na cidade de Eldorado do Sul, cuja única exigência é, além da paixão pela dança, apresentar um boletim escolar regular para poder participar.
O projeto atende a 70 crianças e adolescentes com idades entre seis e 17 anos. As aulas são realizadas em espaços cedidos pela prefeitura de Eldorado e acontecem às segundas, terças, quartas, sextas-feiras e aos sábados. As atividades se dividem entre o grupo infantil de ballet e o grupo jovem que também inclui coreografias de jazz, contemporânea, moderna, street e ritmos urbanos. Ao longo do ano, as crianças e os jovens fazem apresentações em datas festivas da cidade.
No ano passado, participaram de evento em Arroio dos Ratos, no festival de dança de São Sepé, na Feira do Livro de Rio Pardo e  em diversos festivais de dança em Bagé, Novo Hamburgo e Porto Alegre. No dia 18 deste mês, o grupo apresentou a coreografia Piratas - que foi campeã em diversos festivais no ano passado -, na Feira de Empregabilidade e Empreendedorismo realizada pela Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Fadergs). Atualmente, o grupo infantojuvenil está desenvolvendo uma coreografia baseada nas tribos africanas.
Tudo começou no ano de 2011, Eduardo Barbedo Zacouteguy, sua mãe, Tania Barbedo Zacouteguy, e sua esposa, Ana Paula Pimentel Zacouteguy iniciaram o sonho de idealizar o projeto. Zacouteguy é fundador do ICI, que atua com diversos projetos sociais, visando minimizar as desigualdades sociais por meio de iniciativas culturais e educacionais.
Enquanto o filho cuida da parte administração, as aulas são de responsabilidade da matriarca da família, Tania. Bailarina por formação, dedicou sua vida à dança. Há cinco anos, a professora aposentada ingressou no Prode. Com anos de experiência em grandes escolas de ballet de Porto Alegre, Tânia nunca havia trabalho com projetos sociais. "É muito difícil, mas é uma experiência maravilhosa", comenta a coordenadora técnica do projeto. Até o ano passado, Tania atendeu, sozinha, mais de 200 alunos. Neste ano, a professora conta com a ajuda da aluna do projeto Emilli Salvado. "Conheci a iniciativa por meio de um amigo; ele saiu do projeto e eu estou até hoje", relembra Emili, que auxilia Tania no atendimento ao grupo infantil. 
O Prode influenciou diretamente a vida de Emilli que, atualmente, planeja ingressar na faculdade de dança. "Procuro mostrar para os pequenos que se divertir é fundamental. A técnica é importante, mas a diversão em primeiro lugar", conclui a jovem. Atual coordenadora da parte artística e midiática do projeto, a estudante de Fotografia Bianca Zacouteguy também entrou no projeto como aluna. "Ingressei para dançar e me envolvi com as apresentações, coreografias e tudo mais", conta Bianca. Porém, a vida acadêmica e profissional impossibilitou a jovem de se dedicar integralmente à dança.
Bianca considera o Prode uma extensão de sua família. "Para mim, o projeto é um irmão que merece toda atenção do mundo", destaca a coordenadora artística.
A meta para este ano é realizar a expansão do projeto. A prefeitura de Eldorado doou ao Prode um terreno para que seja construída uma sede, mas, para isso, é necessário arrecadar fundos que viabilizem a execução da obra. A ideia é alcançar a meta de 500 atendidos pelo projeto. Enquanto isso não é possível, o projeto busca descentralizar seu atendimento. "Há bairros muito afastados no município, de difícil acesso, e queremos chegar a essas pessoas também", afirma Zacouteguy. Nas localidades mais distantes, a ideia é construir parcerias com escolas, centros de tradição gaúcha (CTGs) e outras entidades que tenham interesse em receber aulas do projeto.
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