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Empresas & Negócios

- Publicada em 18 de Maio de 2017 às 13:18

Mudanças Climáticas: quem liderará o caminho?

A secretária executiva do Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (Unfccc), Patrícia Espinosa, esteve recentemente no Brasil. Por quê? Vou me arriscar a dizer que é porque o País tem um importante papel nas negociações do Acordo Global sobre as Mudanças Climáticas.
A secretária executiva do Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (Unfccc), Patrícia Espinosa, esteve recentemente no Brasil. Por quê? Vou me arriscar a dizer que é porque o País tem um importante papel nas negociações do Acordo Global sobre as Mudanças Climáticas.
Venho acompanhando as reuniões internacionais em torno desse acordo desde 2009. Havia uma grande expectativa naquele ano em Copenhagen, mas não se avançou tanto. Um passo importante veio em 2015 com a COP-21, em Paris. Cento e noventa e sete países se comprometeram a reduzir suas emissões, entre eles os EUA, a China e o Brasil.
Os impactos das mudanças climáticas já são sentidos mundo afora. Aqui mesmo, no Brasil, vendavais no Sul estão cada vez mais frequentes. Falta de água para geração de energia no Sudeste e no Nordeste já está sendo percebida nas contas de energia elétrica.
Mas felizmente, como em tudo, há também oportunidades. O Brasil já tem uma matriz energética menos carbonizada do que a média dos demais grandes países do mundo. Se todos vamos precisar de produtos mais carbono-eficiente, quem será o provedor? Que produtos serão esses? Pouco pode-se antecipar. A única coisa que pode-se afirmar é que há oportunidades enormes à frente. É fato que o Brasil também tem uma excelente posição na produtividade agrícola e que a biomassa pode ser parte da solução para muitos produtos além de alimentos (plásticos, papel, aço...). Podemos nos tornar a Arábia Saudita da química verde, por exemplo. Para tal, precisamos investir em inovação e tecnologia. Precisamos incentivar os investimentos nos negócios da futura economia de baixo carbono.
Se o Brasil está nessa posição, não acho estranho a secretária Patrícia Espinosa estar por aqui. Nada melhor do que buscar apoio de quem pode e teria legitimidade para assumir a liderança da caminhada para esse futuro. Mas, para isso, nos cabe acreditar que há um futuro que pode ser construído de forma favorável ao nosso país e ao mesmo para o mundo. Infelizmente, isso, neste momento político-econômico, é muito difícil, mas se não o fizermos quem o fará?
Diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem, professor de mestrado da Eaesp/FGV
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