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literaturas

- Publicada em 03 de Maio de 2017 às 17:53

Negócios

Philip Kotler, uma das maiores autoridades em marketing do mundo, lançou recentemente o livro "Minhas aventuras em marketing". Na obra, baseada nas colunas publicadas desde 2013 na revista japonesa Nikkei, o autor conta sua trajetória pessoal e profissional, trazendo reflexões sobre a história e o futuro da área.
Philip Kotler, uma das maiores autoridades em marketing do mundo, lançou recentemente o livro "Minhas aventuras em marketing". Na obra, baseada nas colunas publicadas desde 2013 na revista japonesa Nikkei, o autor conta sua trajetória pessoal e profissional, trazendo reflexões sobre a história e o futuro da área.
Kotler nasceu em uma família simples e de baixa instrução, começou a vida acadêmica em cursos de contabilidade e economia e foi selecionado em um programa da Fundação Ford para estudar matemática avançada em Harvard. Já foi considerado o 4º maior guru de negócios pelo Financial Times, em 2005, e como a 6ª pessoa mais influente no mundo dos negócios pelo Wall Street Journal, em 2008. Em sua carreira, ajudou a moldar a trajetória de gigantes como General Motors, IBM, Ford e Nike.
Enquanto compartilha suas experiências pessoais e profissionais em diversos países, Kotler escreve sobre a evolução do marketing, o surgimento do marketing social, de cidades, de políticos e de instituições religiosas. Aborda também o suborno e a corrupção na área, a expansão da responsabilidade social corporativa, os problemas do capitalismo e da pobreza e como o marketing poderia amenizá-los. Para ele, as empresas gastarão, em breve, mais da metade do orçamento apenas com mídia social e digital, pois elas perderam o controle sobre a construção de suas marcas com o surgimento da internet e a consequente modelagem destas pelos clientes.
Minhas aventuras em marketing; Philip Kotler; Editora Best Business; 256 páginas; R$ 55,00.

História

Pelo menos 45 milhões de chineses morreram entre 1958 e 1962, vítimas do Grande Salto Adiante de Mao Tsé-Tung, uma tentativa do presidente do Partido Comunista Chinês de alcançar e superar a qualquer custo a Grã-Bretanha em menos de 15 anos. Para isso, ele investiu no maior ativo do país que mais parece um continente: a força de trabalho de centenas de milhões de habitantes - mas o resultado foi uma terrível tragédia humanitária.
Essa é a conclusão do historiador holandês Frank Dikötter, que aproveitou uma mudança na lei de arquivos da China para ter acesso a mais de mil documentos do Partido Comunista, do Ministério das Relações Exteriores em Pequim e de grandes coleções de províncias, cidades e condados da China. O resultado ele mostra no livro "A grande fome de Mao", lançado recentemente em português.
As mortes, conforme a obra, foram em decorrência de torturas, assassinatos, mas também por ausência de comida e das condições precárias de trabalho. Pessoas desapareceram ainda porque eram velhas, fracas ou doentes demais para trabalhar e garantir a sobrevivência. "Os oficiais estavam sob pressão para focar mais os números que as pessoas, para garantir que preenchessem as metas que lhes eram entregues pelos responsáveis pelo planejamento", afirma o autor. Além da catástrofe humanitária, o livro ainda aborda os prejuízos aos setores da agricultura, da indústria, do comércio e dos transportes na China. Um exemplo de política social e econômica que não pode se repetir jamais.
A grande fome de Mao; Frank Dikötter; Editora Record; 532 páginas; R$ 85,00.

Capitalismo

Mais do que fonte e produto da cooperação entre os indivíduos no mundo globalizado, midiatizado e superconectado como o de hoje, o comum reside no antagonismo - e é essa contrariedade o elemento central das relações sociais no capitalismo. A conclusão está na obra "A constituição do comum: antagonismo, produção de subjetividade e crise no capitalismo", de Alexandre Mendes e Bruno Cava, lançada recentemente pela Editora Revan.
Um dos pontos fortes do livro é justamente organizar reflexões e hipóteses teórico-políticas dos últimos 20 anos no circuito intelectual militante, também chamado de "pós-operaísta", em um só lugar. É com base nesse conteúdo que os autores põem em questão relações de produção, de força e antagonismo. "Não se trata de uma aspiração atemporal, mas de um campo de batalha historicamente determinado", defendem.
Além disso, o comum estaria no cruzamento de um ciclo curto e outro longo. O primeiro incluiria as chamadas lutais globais na crise, que começaram entre 2010 e 2011 no Norte da África e chegaram recentemente à Turquia e ao Brasil, passando por Espanha, Grécia e Estados Unidos. Já o longo teria início na insurreição zapatista de 1994, deu a volta ao mundo em forma de "movimento contra a globalização capitalista" e se consolidou nesta década no "laboratório latino-americano", que parecia um caminho inédito para a relação entre lutas e governos progressistas.
A constituição do comum; Alexandre Mendes, Bruno Cava; Editora Revan; 320 páginas; R$ 65,00; disponível em versão digital.