Protesto de policiais civis contra a reforma da Previdência provocou tumulto e quebra-quebra no prédio do Congresso Nacional nesta terça-feira (18), em Brasília. Eles tentaram entrar no prédio da Câmara dos Deputados pela chapelaria - um dos principais acessos de parlamentares, imprensa e público em geral. No momento da invasão, houve pressão sobre as portas e vidros da chapelaria foram quebrados, gerando grande estrondo da quebradeira. O corre-ocorre foi intenso.
O acesso do grupo ao prédio foi impedido pela segurança legislativa. O confronto teve início com a presença, inclusive, da tropa de choque. Foram lançadas bombas de gás lacrimogênio, gás de pimenta. Muitas pessoas passaram mal. O acesso ao prédio do Senado foi trancado, e o plenário da Câmara dos Deputados, onde está prevista a votação na tarde desta terça do projeto de recuperação fiscal dos Estados, também foi fechado.
Sobre a proposta de reforma, cujo relatório deve ser lido nesta quarta-feira (19) no Congresso, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse trará uma diferenciação na
idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres. "Não há definição ainda, na medida em que o relatório será apresentado amanhã (19), mas a visão do relator é algo que se situa ao redor de 62 anos (para as mulheres; 65 anos para os homens)", disse.
Em novas peças publicitárias do governo federal para TV e redes sociais, o governo apresenta a reforma como "uma novidade". Num primeiro vídeo, a resistência às mudanças na aposentadoria é comparada a outras medidas como o uso obrigatório do cinto de segurança, vacinas e a privatização da telefonia. Clique no link e
assista ao vídeo.