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Política

- Publicada em 16 de Abril de 2017 às 20:04

Marcelo Odebrecht diz que Pimentel alertou Dilma de caixa-2

O ex-presidente e herdeiro do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, disse, em um dos depoimentos de sua delação que usou o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), para alertar a então presidente, Dilma Rousseff (PT), no final de 2014, de que sua campanha estava "contaminada" por doações ilegais. "Na minha ida a Salvador no final do ano (2014), parei lá (em Belo Horizonte) e entreguei para ele planilha onde tinha alguns valores que foram depositados para (o marqueteiro) João Santana, que não necessariamente era do Brasil, mas que era para ele alertar ela", relatou Marcelo.
O ex-presidente e herdeiro do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, disse, em um dos depoimentos de sua delação que usou o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), para alertar a então presidente, Dilma Rousseff (PT), no final de 2014, de que sua campanha estava "contaminada" por doações ilegais. "Na minha ida a Salvador no final do ano (2014), parei lá (em Belo Horizonte) e entreguei para ele planilha onde tinha alguns valores que foram depositados para (o marqueteiro) João Santana, que não necessariamente era do Brasil, mas que era para ele alertar ela", relatou Marcelo.
O empresário, preso pela Operação Lava Jato, disse que procurou Pimentel por ver nele um dos principais interlocutores de Dilma. "Nas minhas conversas com ele era muito também para ele me ajudar com Dilma, com orientação, ou me ajudar a convencê-la de algumas coisas. Ele era uma das poucas pessoas que tinha liberdade para dizer para ela algumas coisas que outros não tinham coragem", afirmou.
Outro delator, João Nogueira, ex-diretor de uma das empresas de engenharia do grupo, disse que soube que Marcelo entregou uma planilha a Pimentel com a intenção de que ele levasse o caso a Dilma, para que ela tomasse alguma atitude para frear as investigações, já que ela também seria afetada.
Há em curso uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), movida pelo PSDB, que pede a cassação da chapa Dilma Rousseff (PT)-Michel Temer (PMDB), eleita em 2014. Um dos pontos em análise pelo relator, ministro Herman Benjamin, é o suposto uso de doações ilegais na campanha.
O marqueteiro João Santana, citado por Marcelo, será um dos interrogados no TSE. Ele e sua mulher, Mônica Moura, firmaram acordo de delação premiada com o Ministério Público. Pimentel também é suspeito de ter recebido doações não declaradas da Odebrecht, somando R$ 13,5 milhões. A defesa dele disse que, nesse depoimento, Marcelo Odebrecht "nada diz de concreto".
 
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