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Política

- Publicada em 12 de Abril de 2017 às 23:00

Políticos gaúchos aparecem em outra 'lista de Fachin'

Bruna Suptitz
A lista de pessoas citadas em delações premiadas de sócios da empreiteira Odebrecht na Operação Lava Jato não envolve apenas políticos com prerrogativa de foro privilegiado. Além da lista do ministro relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, divulgada nesta terça-feira, com pedidos de abertura de inquéritos contra ministros, senadores, deputados federais, governadores e pessoas ligadas a políticos com foro, outros nomes foram encaminhados a instâncias inferiores da Justiça, para que decidam sobre a abertura de processo.
A lista de pessoas citadas em delações premiadas de sócios da empreiteira Odebrecht na Operação Lava Jato não envolve apenas políticos com prerrogativa de foro privilegiado. Além da lista do ministro relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, divulgada nesta terça-feira, com pedidos de abertura de inquéritos contra ministros, senadores, deputados federais, governadores e pessoas ligadas a políticos com foro, outros nomes foram encaminhados a instâncias inferiores da Justiça, para que decidam sobre a abertura de processo.
Nos políticos com mandato estão os deputados estaduais Manuela d'Ávila (PCdoB) e Frederico Antunes (PP) e o prefeito de Uruguaiana, Ronnie Peterson Melo (PP). Os processos de Antunes e Melo ficarão no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), e o de Manuela vai para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Outros políticos na lista terão seus processos remetidos à Justiça Federal do Rio Grande do Sul. São eles o ex-governador Germano Rigotto (PMDB), o ex-prefeito de Canoas Jairo Jorge (PDT) e os ex-deputados Beto Albuquerque (PSB) e Paulo Ferreira (PT). Também foi citado o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Estilac Xavier - neste caso, caberá ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir se pedirá a abertura de inquérito.
Por telefone, Rigotto disse que não tem conhecimento do teor da citação e que irá esperar para poder dar uma resposta. Ainda assim, afirma que "nunca fiz interferência junto ao governo federal e estadual defendendo interesse de empresa" e que, em relação à campanha ao senado, "tem que ver que doação foi feita e para quem". Rigotto conclui que está "tranquilo em relação a isso".
A reportagem não conseguiu contato com o ex-deputado Paulo Ferreira. Os demais envolvidos se manifestaram por nota. Manuela d'Ávila disse que não foi informada pela Justiça, "mas tenho ao meu lado a tranquilidade de quem há 13 anos constrói sua vida pública com transparência e ética".
Beto Albuquerque diz que nunca teve relação com a Odebrecht e que não sabe porque teve o nome citado. "Ou se trata de um enorme engano, ou estou diante de uma grande mentira e calúnia. Tomarei todas as providências cabíveis e estou à disposição da Justiça para esclarecer a verdade", disse.
Frederico Antunes disse que está buscando o que é referido onde seu nome foi citado. Ao falar que deve explicações à sociedade, afirmou que, "assim que eu tiver acesso a esse material onde consta meu nome, irei prestar todas as informações necessárias".
Filiado no PT na época a que se refere a citação em que consta seu nome, Jairo Jorge argumenta que, "em 2012, não havia nenhuma proibição de doação por parte de empresas", referindo-se à sua campanha para a prefeitura de Canoas. "O valor foi repassado pelo diretório nacional do Partido dos Trabalhadores e consta na prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral", completa.
Também foram remetidos a outros tribunais: Antônio Egício Rufino de Carvalho, Francisco Azambuja Barbará, IIson Mauro da Silva, Josefina Soares Bruggemann, Jussara Osório de Almeida, Luiz Augusto Fuhrmann Schneider, Luiz Fernando Franco Malfussí e Rafael da Silva Alves - todos de Uruguaiana - ao TRF-4, e o ex-assessor da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) Anderson Dorneles, cujo caso vai à Justiça Federal do Distrito Federal.
 
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