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Política

- Publicada em 12 de Abril de 2017 às 19:35

Delações mencionam os cinco ex-presidentes vivos

As delações de ex-executivos da Odebrecht mencionaram os cinco ex-presidentes da República ainda vivos: José Sarney (PMDB), Fernando Collor (PTC), Fernando Henrique Cardoso (FHC - PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT).
As delações de ex-executivos da Odebrecht mencionaram os cinco ex-presidentes da República ainda vivos: José Sarney (PMDB), Fernando Collor (PTC), Fernando Henrique Cardoso (FHC - PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT).
Os pedidos relacionados a Dilma Roussef, Luiz Inácio Lula da Silva, FHC e José Sarney - que não têm mais foro no Supremo Tribunal Federal (STF) - foram encaminhados pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, a instâncias inferiores. No caso de Fernando Collor, Fachin decidiu pela abertura de inquérito já que o parlamentar mantém foro no Supremo por ser senador.
Segundo o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar, a petista Dilma Rousseff - chefe do Executivo de 2011 até maio de 2016 - recebeu "vantagens indevidas, não contabilizadas, no âmbito da campanha eleitoral no ano de 2014". Ela sempre negou o recebimento de qualquer vantagem indevida.
Presidente entre 2003 e 2010, Lula é foco de depoimentos de Emílio Odebrecht e de diversos ex-diretores do grupo. Em um dos depoimentos, Emílio e Cláudio Melo Filho descrevem tratativas com o petista para a edição de uma medida provisória que permitira acordos de leniência sem a participação do Ministério Público. Outro trecho sustenta que a empresa custeou reformas no sítio em Atibaia, interior de São Paulo, que é usado pelo petista.
A assessoria do petista diz que "delações não são provas" e que "não há o que comentar de depoimentos aos quais não se tem acesso". "O ex-presidente continuará prestando esclarecimentos para a Justiça e sempre agiu dentro da lei, como será provado."
FHC, presidente entre 1995 e 2002, também foi citado por Emílio Odebrecht. De acordo com o patriarca do grupo, o tucano recebeu "vantagens indevidas, não contabilizadas, no âmbito da campanha à presidência nos anos de 1993 e 1997".
O tucano disse que só se manifestaria depois de ler o documento em que é citado e observou que as campanhas mencionadas se passaram há mais de 20 anos e, por tanto, não estão frescas na memória.
Em relação a Fernando Collor, que presidiu o País de 1990 a 1992, Fachin determinou a abertura de um inquérito para investigar a afirmação de dois executivos de que Collor recebeu R$ 800 mil de caixa-2 em sua campanha ao Senado em 2010. Collor não quis se pronunciar sobre a decisão.
Presidente entre 1985 e 1990, Sarney é mencionado de maneira lateral. Segundo delatores, seu grupo político - representado por José Francisco das Neves, então presidente de uma estatal da área ferroviária - recebia 1% de contratos da ferrovia Norte-Sul em 2008 e 2009.
Fachin determinou a abertura de inquérito contra oito ministros do governo Michel Temer (PMDB), 24 senadores e 39 deputados federais. Serão abertas 76 investigações pedidas pela Procuradoria-Geral da República após as delações da Odebrecht.
Entre os citados estão os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB). Dois dos principais aliados de Temer, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), também estão na lista, que abrange ainda os senadores Romero Jucá e Renan Calheiros, do PMDB, e Aécio Neves (PSDB).
No total a relação inclui três governadores e um ministro do Tribunal de Contas da União. Algumas suspeitas da Procuradoria são corrupção, lavagem de dinheiro, fraude e cartel. Fachin remeteu 201 outros casos a tribunais de instâncias inferiores.
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