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Política

- Publicada em 10 de Abril de 2017 às 19:47

'Crise é artificial', diz PT sobre as finanças da Capital

Para Sgarbossa (direita) números são direcionados para sustentar discurso de crise

Para Sgarbossa (direita) números são direcionados para sustentar discurso de crise


FREDY VIEIRA/JC
Bruna Suptitz
Para os vereadores do PT em Porto Alegre, o déficit nas contas públicas apresentado pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) não condiz com a realidade. "A crise de Porto Alegre é artificial", afirmou Sofia Cavedon, líder da bancada petista na Câmara Municipal.
Para os vereadores do PT em Porto Alegre, o déficit nas contas públicas apresentado pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) não condiz com a realidade. "A crise de Porto Alegre é artificial", afirmou Sofia Cavedon, líder da bancada petista na Câmara Municipal.
Em apresentação à imprensa na tarde de ontem, os vereadores questionaram dados do balanço de 100 dias do governo Marchezan e os números que apontam para uma crise financeira da prefeitura, citados como justificativa para o atraso no pagamento dos salários dos servidores previsto para ocorrer nos próximos meses.
A artificialidade é apontada pelos vereadores na maneira como os números são apresentados. Conforme explica Sofia, o Executivo diz que perdeu receita no ano de 2017 com a antecipação do IPTU feita no fim do ano passado. Ela contesta e diz que o valor não pode ser considerado como redução na receita, pois a mesma antecipação do imposto pode ser feita no fim deste ano.
O mesmo raciocínio é feito em relação às despesas de longo prazo, colocadas nas apresentações da prefeitura como déficit para o ano de 2017, mas que por lei comprometem apenas um percentual da receita do município a cada ano, como é o caso dos precatórios. O vereador petista Marcelo Sgarbossa avalia que, "justificando transparência", a prefeitura "direciona os números artificialmente para provocar a crise".
A capina é outro exemplo usado para justificar o questionamento que os vereadores fazem para a prefeitura. O serviço, realizado por empresa contratada pelo DMLU, deixou de ser feito nos primeiros meses do ano devido à falta de pagamento de contratos do ano passado. Em abril, a capina foi retomada através de um contrato emergencial, no mesmo valor do anterior. "Houve redução porque não teve serviço", apontou Sofia.
Outro dado dos vereadores que diverge com os da prefeitura é da redução de cargos comissionados (CCs). Conforme anunciado por Marchezan, a prefeitura tem hoje 340 CCs a menos em relação a dezembro de 2016, uma redução de 40%. Já os vereadores petistas apresentam outro percentual - com base nas informações do Portal Transparência, a redução seria de 10%, na comparação dos dados de fevereiro deste ano (data da última informação oficial no site) e dezembro do ano passado.
"São 100 dias sem ações concretas do governo. Até agora não há nada de novo na cidade", afirma o vereador petista Aldacir Oliboni. "A revisão da planta do IPTU, por exemplo, é proposta dos técnicos da Secretaria Municipal da Fazenda", completa.
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