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Governo do Estado

- Publicada em 03 de Abril de 2017 às 22:39

Gerson Burmann deixa a Secretaria de Obras

Burmann volta à Assembleia Legislativa no lugar de Vinicius Ribeiro

Burmann volta à Assembleia Legislativa no lugar de Vinicius Ribeiro


ANTONIO PAZ/ARQUIVO/
A saída do deputado estadual Gerson Burmann (PDT) da Secretaria de Obras, Saneamento e Habitação - oficializada ontem no Diário Oficial do Estado - foi mais um indicativo de que os pedetistas devem deixar o governo José Ivo Sartori (PMDB) na próxima segunda-feira, quando se reúnem para decidir a questão. Para Burmann, o desembarque do partido da administração de Sartori é "iminente".
A saída do deputado estadual Gerson Burmann (PDT) da Secretaria de Obras, Saneamento e Habitação - oficializada ontem no Diário Oficial do Estado - foi mais um indicativo de que os pedetistas devem deixar o governo José Ivo Sartori (PMDB) na próxima segunda-feira, quando se reúnem para decidir a questão. Para Burmann, o desembarque do partido da administração de Sartori é "iminente".
"Na verdade, a saída do PDT do governo é iminente, porque, no momento em que o partido está construindo uma candidatura ao Palácio Piratini para 2018, é uma exigência moral e ética sair da administração Sartori", analisou o ex-titular da pasta de Obras. 
Burmann retornou à Assembleia ontem mesmo, assumindo a cadeira ocupada pelo suplente Vinicius Ribeiro (PDT) - que era o maior defensor da permanência do PDT no governo Sartori dentro da bancada pedetista.
Ribeiro chegou a lançar uma carta aberta criticando a própria legenda por querer sair do governo por motivos eleitorais.
Entretanto o presidente estadual do PDT, deputado federal Pompeo de Mattos, aponta que as medidas defendidas pelo Palácio Piratini para superar a crise financeira do Estado também são incompatíveis com as bandeiras pedetistas, como por exemplo a proposta do Executivo que retira a obrigatoriedade de plebiscito para privatizar CEEE, Sulgás e CRM (Companhia Riograndense de Mineração).
"Vamos sair pela porta da frente. Não vamos sair para a oposição, mas sim para uma posição de independência. Assim não vamos ter constrangimentos em votar contra o governo quando acharmos adequado", pondera Pompeo.
Outros pedetistas que ocupavam cargos em comissão (CCs) entregaram os postos ontem. Mas alguns devem permanecer até o PDT oficializar a saída. Por exemplo, o secretário da Educação, Luis Antônio Alcoba (PDT). Para Pompeo, não há problema nisso, pois, "na verdade, foi o Burmann que se adiantou".

Poder Executivo tem quatro secretários provisórios; titulares acumulam comando de pastas

Com a saída do deputado estadual Gerson Burmann (PDT) da Secretaria Estadual de Obras, Saneamento e Habitação e a nomeação do secretário de Planejamento, Governança e Gestão, Carlos Búrigo (PMDB), para substituí-lo interinamente, o governo José Ivo Sartori (PMDB) acumula quatro secretários provisórios. Isso tem aumentado os rumores sobre uma possível reforma do secretariado, com o objetivo de reorganizar a base aliada, que tem se dividido em algumas votações importantes na Assembleia Legislativa.
Além de Búrigo, a secretária de Políticas Sociais, Maria Helena Sartori (PMDB), responde interinamente pela pasta do Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos desde que Catarina Paladini (PSB) entregou o cargo para voltar ao Parlamento. O secretário adjunto de Minas e Energias, Arthur Lermos (PSDB), assumiu como interino depois que Lucas Redecker (PSDB) também voltou à vaga no Legislativo. Luis Antônio Alcoba (PDT) deve deixar a Secretaria de Educação se o PDT confirmar a saída do governo.
Existe expectativa entre os aliados que os nomes definitivos para as quatro pastas sejam anunciados depois da saída do PDT do governo. Entretanto, se os pedetistas saírem da base aliada, o Palácio Piratini deixa de contar com o apoio de alguns dos sete parlamentares da sigla na votação, por exemplo, dos projetos remanescentes do pacote de reestruturação do Estado. Para suprir esses votos, o governo tenta trazer o PTB - bancada independente, com cinco deputados - para a base governista. As secretarias sem titular definitivo podem ajudar a atrair os petebistas.