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Opinião

- Publicada em 25 de Abril de 2017 às 15:01

Problemas na educação devem ser pauta prioritária

Há uma superdose de delações premiadas sendo repetidas à exaustão. A corrupção é o principal tema na pauta há meses. Mas o Brasil tem outros problemas, como a educação, por exemplo.
Há uma superdose de delações premiadas sendo repetidas à exaustão. A corrupção é o principal tema na pauta há meses. Mas o Brasil tem outros problemas, como a educação, por exemplo.
Um setor que há muitos anos somente dava boas respostas também entrou em tempo conturbado. Trata-se da rede de ensino do município de Porto Alegre, muito bem estruturada e onde os professores têm um plano de carreira reconhecido há décadas como superior ao do estado do Rio Grande do Sul.
A Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (Smed) tem como principal atribuição elaborar, implantar e coordenar a política educacional do município. Porto Alegre tem hoje 99 unidades, nas quais trabalham em torno de 4 mil professores e 900 funcionários. Cabe a eles ensinar, atender e orientar a mais de 50 mil alunos de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação Profissional de Nível Técnico, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Especial.
Da mesma forma, a Smed orienta, supervisiona, fiscaliza e investe financeiramente em instituições de Educação Infantil conveniadas, onde são atendidas mais de 16 mil crianças.
Ora, são números robustos e que mostram uma cidade com boa capacidade na área educacional. Além do vencimento básico, os professores da rede porto-alegrense têm direito a auxílio financeiro quando estiver caracterizado difícil acesso até a escola, e mais vale-alimentação.
E, desde 1988, portanto 20 anos antes do piso nacional do magistério por meio da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, entrar em vigor, o salário do magistério público municipal de Porto Alegre prevê o pagamento da carga horária utilizada no planejamento de aulas e na qualificação profissional.
Os incentivos integram a Lei nº 6.151, que estabeleceu o plano de carreira da categoria. E o então prefeito Alceu Collares (PDT) atrelou o plano de carreira do magistério ao Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Porto Alegre. Os professores com especialização equipararam-se aos técnicos-científicos do município, garantindo uma melhoria salarial para os professores.
Porém, voltou, com mais força, a discussão sobre a educação curricular, nas escolas, e a educação no termo genérico, no comportamento. As duas são complementares, mas, como se diz popularmente, educação vem do berço.
Cabe à família dar limites, ensinar atitudes e educar para a sociedade. Para aprender, para o ensino curricular e algum ensinamento paralelo, as escolas podem e devem contribuir. Acontece que as famílias, como as escolas, são corpos concretos que não se governam com abstrações.
Então não surpreende, em meio a tanta corrupção que assola o Brasil, que alguns estudantes tenham perdido o respeito pelos professores. Antes, em suas moradias, perderam a educação diante dos pais e avós. A frase antiga, ainda do fim dos anos dourados, dizia que "era proibido proibir".
No entanto era sobre a repressão que então imperava, não que a educação tivesse que buscar esse viés, que se mostra, hoje, um desastre, com os pais e avós de agora, filhos na época, sem rigidez na educação. O fato é que quem ama educa, sabe dizer não e impõe limites.
Deixados ao bel-prazer, as crianças e, mais ainda, os adolescentes perdem os limites, pois têm um excesso de energia acumulada, e extravasam em atos de depredação e insolência típicos de idade, e que devem ser controlados no interesse deles próprios. Além do mais, quem não sabe obedecer jamais saberá mandar.
 
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