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Opinião

- Publicada em 24 de Abril de 2017 às 16:30

Presidente surpreendente

Na posse, o presidente Michel Temer (PMDB) disse: "Estados e municípios precisam ganhar autonomia verdadeira sobre a égide de uma federação real, não sendo uma federação artificial, como vemos atualmente. A força da União, temos que colocar isso na nossa cabeça, deriva da força dos estados e municípios". Discurso oficial, solene, meditado e certamente escrito por ele. No entanto, no projeto de lei encaminhado ao Congresso para refinanciar a dívida do Rio Grande do Sul com a União, o presidente exige que o Estado privatize todas as empresas de todos os setores inclusive os de energia (Sulgas, CRM e CEEE), saneamento (Corsan) e financeiro (Banrisul e Badesul), e que a renda obtida seja destinada ao pagamento da dívida com a União, isto é, nem um centavo obtido com estas vendas - que serão a preço vil, posto que obrigatórias - será aplicado na economia gaúcha. A dívida do Estado com a União em janeiro de 1999 era de R$ 10 bilhões, em dezembro de 2015 já tínhamos pagos R$ 26 bilhões e ainda devíamos R$ 57 bilhões, valores decorrentes dos encargos do contrato; que, neste mesmo período, variaram 1.047% diante de uma inflação de 208%, o que drenou recursos do Estado, que, por força de lei, são destinados para o pagamento da dívida federal, que, há décadas, não para de crescer. O atual projeto de lei virá a debilitar ainda mais o Estado, como aconteceu quando tomamos um empréstimo junto ao Banco Mundial de US$ 1,1 bilhão para pagar parte desta mesma extorsiva dívida. Por que um homem de 76 anos, que chegou a um dos pontos de mais destaque no Brasil, é tão contraditório nesta fase da sua vida? Tudo indica que, assim como a burocracia federal, a faixa presidencial também foi capturada pela lógica do lucrativo sistema financeiro. Cabe aos deputados - afinal são eles, e não o governador, os responsáveis pela cabal autorização - não aprovar a assinatura deste programa e tampouco a venda das estatais gaúchas.
Na posse, o presidente Michel Temer (PMDB) disse: "Estados e municípios precisam ganhar autonomia verdadeira sobre a égide de uma federação real, não sendo uma federação artificial, como vemos atualmente. A força da União, temos que colocar isso na nossa cabeça, deriva da força dos estados e municípios". Discurso oficial, solene, meditado e certamente escrito por ele. No entanto, no projeto de lei encaminhado ao Congresso para refinanciar a dívida do Rio Grande do Sul com a União, o presidente exige que o Estado privatize todas as empresas de todos os setores inclusive os de energia (Sulgas, CRM e CEEE), saneamento (Corsan) e financeiro (Banrisul e Badesul), e que a renda obtida seja destinada ao pagamento da dívida com a União, isto é, nem um centavo obtido com estas vendas - que serão a preço vil, posto que obrigatórias - será aplicado na economia gaúcha. A dívida do Estado com a União em janeiro de 1999 era de R$ 10 bilhões, em dezembro de 2015 já tínhamos pagos R$ 26 bilhões e ainda devíamos R$ 57 bilhões, valores decorrentes dos encargos do contrato; que, neste mesmo período, variaram 1.047% diante de uma inflação de 208%, o que drenou recursos do Estado, que, por força de lei, são destinados para o pagamento da dívida federal, que, há décadas, não para de crescer. O atual projeto de lei virá a debilitar ainda mais o Estado, como aconteceu quando tomamos um empréstimo junto ao Banco Mundial de US$ 1,1 bilhão para pagar parte desta mesma extorsiva dívida. Por que um homem de 76 anos, que chegou a um dos pontos de mais destaque no Brasil, é tão contraditório nesta fase da sua vida? Tudo indica que, assim como a burocracia federal, a faixa presidencial também foi capturada pela lógica do lucrativo sistema financeiro. Cabe aos deputados - afinal são eles, e não o governador, os responsáveis pela cabal autorização - não aprovar a assinatura deste programa e tampouco a venda das estatais gaúchas.
Auditor
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