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Internacional

- Publicada em 23 de Abril de 2017 às 16:26

Oposição promete manter pressão

Milhares de venezuelanos vestidos de branco marcharam, no sábado, em um protesto silencioso contra as mortes registradas durante as manifestações nas últimas três semanas no país. A coalizão de oposição, principal promotora dos protestos, reiterou que vai manter ações de rua até que sejam convocadas eleições gerais, um canal humanitário seja aberto e os presos políticos sejam libertados. Já o governo diz que a oposição está promovendo um golpe.
Milhares de venezuelanos vestidos de branco marcharam, no sábado, em um protesto silencioso contra as mortes registradas durante as manifestações nas últimas três semanas no país. A coalizão de oposição, principal promotora dos protestos, reiterou que vai manter ações de rua até que sejam convocadas eleições gerais, um canal humanitário seja aberto e os presos políticos sejam libertados. Já o governo diz que a oposição está promovendo um golpe.
Pela primeira vez em três semanas de protesto, os manifestantes conseguiram cruzar o lado Leste, mais rico da capital, para o Oeste sem encontrar resistência policial. O legislador da oposição Freddy Guevara comparou a marcha em direção aos bairros mais humildes da cidade como se estivessem "atravessando o muro de Berlim". No dia anterior, protestos violentos e saques terminaram com 13 mortos.
Sobre a situação de conflito no país vizinho, o presidente Michel Temer afirmou, no sábado, que espera uma solução pacífica para a crise, o que só acontecerá com "eleições livres". Para Temer, se o pleito não acontecer, o país perderá as "condições de convivência" no Mercosul. Em entrevista à agência Efe, o presidente reiterou sua "preocupação profunda" em relação ao povo venezuelano. 
No protesto de quinta-feira passada, as vítimas, com idades entre 17 e 45 anos, "morreram eletrocutadas e por outras feridas causadas por armas de fogo", comunicou o órgão de fiscalização venezuelano sem dar mais detalhes. O Ministério Público informou que outras seis pessoas se feriram.
Os venezuelanos que ficaram tentam resistir ao agravamento da crise econômica, da insegurança e da perseguição política. Mas há, também, os que optaram por deixar o país e tentar uma vida nova.
Imigrantes da Venezuela estão no topo da lista de estrangeiros que buscaram asilo nos Estados Unidos em 2016, com cerca de 18 mil solicitações, o que representa um aumento de 146% em relação a 2015, de acordo com o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA. Quase metade deles reside no Sul da Flórida, onde os custos de vida são mais elevados.
Trata-se de uma nova onda de imigrantes de classe média e baixa, muitos deles profissionais. Mas, nos EUA, enfrentam uma dura realidade: sem dinheiro, são forçados a aceitar doações de comida e trabalhos na limpeza, como pintores ou como motoristas. "Não achava que precisaria receber comida de doação, mas chega um momento em que você não tem outra saída", disse à reportagem Alejandre Mujica, um advogado de 26 anos que estava entre as pessoas que esperavam comida na Igreja Católica de Nossa Senhora de Guadalupe.
No local, voluntários entregavam queijo, iogurte, arroz, pão e feijão. Em uma área próxima, dezenas de venezuelanos faziam fila para receber tapetes, toalhas, panelas, pratos e outras doações.
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