O líder opositor venezuelano Henrique Capriles disse neste sábado no Twitter que o seu escritório político, em Caracas, foi atacado com bombas. Ele participou das manifestações na capital contra a decisão, anunciada sexta-feira, que o impede de concorrer a cargos públicos pelos próximos 15 anos, e estava no centro de campanha quando houve o ataque. Capriles postou uma foto na rede social mostrando fogo no prédio.
"Urgente, fomos atacados com bombas. No momento há bombeiros", escreveu Capriles, governador do estado de Miranda, no Norte da Venezuela. "Qual é a ordem de Maduro? Matar-nos? Se algo acontecer já sabem quem é o responsável e o que têm que fazer."
Durante o protesto na capital, o terceiro em uma semana contra o governo do presidente Nicolás Maduro, houve choque entre manifestantes e a polícia. Milhares de pessoas participavam da marcha que contestava a decisão da Controladoria-Geral que tornou Capriles inelegível.
Acusado por supostas irregularidades administrativas à frente do governo de Miranda, Capriles foi notificado sexta-feira pela Controladoria-Geral, e está inelegível para um cargo público pelos próximos 15 anos. A decisão enterra seus planos de candidatar-se à presidência, pela terceira vez, em 2018. O líder da oposição, um dos nomes fortes para as eleições do ano que vem, anunciou que apelará da decisão. "Vamos, pessoas corajosas e valentes, em toda a nossa Venezuela contra o golpe!", escreveu Capriles no Twitter. Seus rivais o acusam de tentar promover um banho de sangue.