Os ônibus do transporte público de Porto Alegre não deixaram as garagens na manhã desta sexta-feira (28), devido aos
protestos que marcam a greve geral em reação às reformas trabalhista e da previdência do governo Temer. Estão sendo mantidos piquetes em 13 garagens de ônibus na Capital.
Com isso, nenhum ônibus circula desde as primeiras horas da madrugada. Na Companhia Carris Porto-Alegrense (Carris), dirigentes de centrais sindicais, do Sindicato dos Rodoviários, funcionários da estatal e militantes de movimentos sociais e partidos estão em frente à garagem bloqueando a saída dos veículos. Somente as lotações circulam normalmente e realizam o transporte de passageiros na Capital. Elas tiveram autorização da EPTC para utilizar o corredor dos coletivos.
Em nota, a Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) informou que três ônibus foram depredados e alegou que funcionários estariam sendo impedidos de trabalhar. Em algumas garagens há queima de pneus e colocação de miguelitos nas vias de acesso, diz a nota.
De acordo com o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) no Estado, Guiomar Vidor, os trabalhadores devem permanecer mobilizados nas garagens até as 16h. Segundo Vidor, esta é a maior greve geral desde o começo dos anos de 1990. na Carris, pneus foram colocados às 3h por grupos de militantes do coletivo Juntos. Gabriela Avero disse que foram colocados papelões e jornais dentro dos pneus, caso seja preciso colocar fogo, mas até o fim da manhã isso não ocorreu.
Vidor informou que na terça-feira os movimentos farão balanço da greve no Estado. A CTB deve propor que mais paralisações ocorram e por mais dias, não apenas um dia como o desta sexta. " Vamos fazer enquanto durar este período de discussão de reformas", diz o dirigente da CTB. A proposta será levada para reunião do comando nacional da greve geral, com data ainda não definida mas que deve ser na semana que vem.