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O primeiro dia da campanha nacional de vacinação contra a gripe movimentou os postos de saúde em Porto Alegre. Logo no começo da manhã de ontem, filas já se formavam no Centro de Saúde Modelo (avenida Jerônimo de Ornellas, 55), no Centro de Saúde Santa Marta (rua Capitão Montanha, 27) e na Unidade Básica de Saúde Santa Cecília (rua São Manoel, 543). O tempo de espera para a vacinação variava entre 10 a 20 minutos.
A campanha vai até o dia 26 de maio. Segundo o Ministério da Saúde, a meta é imunizar 90% de cada população-alvo. Desde o dia 10, profissionais de saúde, idosos restritos aos domicílios e que residem em instituições de longa permanência já estavam sendo vacinados. Até ontem, o total de doses aplicadas na Capital foi de 934 - 468 idosos, 381 trabalhadores em saúde, cinco gestantes, três crianças, 76 pessoas privadas de liberdade e um professor receberam a imunização.
Desde ontem, a vacinação foi liberada para os demais idosos com mais de 60 anos, gestantes, puérperas até 45 dias após o parto, crianças de seis meses a menores de cinco anos, indígenas, pessoas entre 5 e 59 anos portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e condições clínicas especiais, apenados e funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, e professores. A vacina está disponível em 140 locais de imunização da rede municipal e o atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. No dia 13 de maio, um sábado, será realizado o Dia D de Mobilização Nacional.
Em um período de 10 anos, obesidade cresceu 60% e já atinge um em cada cinco brasileiros
O brasileiro está mais obeso. Em 10 anos, a prevalência da obesidade passou de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016, atingindo quase um em cada cinco brasileiros. Os dados divulgados ontem fazem parte da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizada pelo Ministério da Saúde em todas as capitais brasileiras, abrangendo 53.210 pessoas. Em Porto Alegre, a prevalência da obesidade está acima da média nacional, 19,9% da população está obesa.
Segundo a pesquisa, o crescimento da obesidade pode ter colaborado com o aumento da prevalência de diabetes e de hipertensão, doenças crônicas que pioram a condição de vida. O diagnóstico de diabetes passou de 5,5% em 2006 para 8,9% em 2016, e o de hipertensão, de 22,5% em 2006 para 25,7% em 2016. Em ambos os casos, o diagnóstico é mais prevalente em mulheres.
De acordo com o Ministério da Saúde, a obesidade aumenta com o avanço da idade. No entanto, mesmo entre os mais jovens, de 25 a 44 anos, atinge o indicador de 17%. O excesso de peso também cresceu, passando de 42,6% em 2006 para 53,8% em 2016.
A pesquisa também mostra mudanças nos hábitos alimentares. Os dados apontam uma diminuição da ingestão de ingredientes considerados básicos e tradicionais, como o feijão, que diminuiu de 67,5% em 2012 para 61,3% em 2016. Além disso, apenas um entre três adultos consomem frutas e hortaliças em cinco dias da semana.