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- Publicada em 06 de Abril de 2017 às 14:29

Estado formaliza parceria no combate ao crime

Decreto foi assinado por Sartori (c) e prefeitos de cidades interessadas no SIM/RS

Decreto foi assinado por Sartori (c) e prefeitos de cidades interessadas no SIM/RS


MARCELO G. RIBEIRO/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Isabella Sander
Encabeçado pela parceria com a prefeitura de Porto Alegre, um novo modus operandi tem sido organizado pelo governo do Estado no combate à criminalidade: a integração das estruturas estadual e municipais na área de segurança. Nesta quinta-feira, a política pública integradora foi formalizada em decreto que instaurou o Sistema de Segurança Integrada com Municípios do Rio Grande do Sul (SIM/RS). O documento foi assinado pelo governador José Ivo Sartori e pelos prefeitos das cidades interessadas.
Encabeçado pela parceria com a prefeitura de Porto Alegre, um novo modus operandi tem sido organizado pelo governo do Estado no combate à criminalidade: a integração das estruturas estadual e municipais na área de segurança. Nesta quinta-feira, a política pública integradora foi formalizada em decreto que instaurou o Sistema de Segurança Integrada com Municípios do Rio Grande do Sul (SIM/RS). O documento foi assinado pelo governador José Ivo Sartori e pelos prefeitos das cidades interessadas.
Além da Capital, Montenegro, Bento Gonçalves, Canoas e Cachoeirinha já estão realizando ações conjuntas entre Brigada Militar, Polícia Civil, Instituto Geral de Perícias (IGP) e Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), da parte do Estado, e as Guardas Municipais, os agentes de trânsito e as câmeras de videomonitoramento, da parte dos municípios. Também assinaram adesão ao SIM/RS os prefeitos de Pelotas, Pinhal Grande, Esmeralda, Antônio Prado, Tapejara, Fontoura Xavier, Ibiraiaras, Nova Petrópolis e Imigrante.
"Temos 4,5 mil guardas municipais em todo o Rio Grande do Sul, que são subutilizados. Não podemos desperdiçar esse efetivo. Já vi viaturas de diferentes órgãos chegando para a mesma ocorrência, temos vários números de atendimento de emergências que confundem a população. É preciso integrar tudo isso", afirma o secretário estadual de Segurança Pública, Cezar Schirmer.
Em Porto Alegre, a parceria já foi visível em fevereiro, quando a prefeitura acordou com concessionárias da cidade que consertassem 112 viaturas da Brigada Militar de forma gratuita. Segundo o prefeito Nelson Marchezan Júnior, a ideia é fortalecer a integração através de compartilhamento de câmeras de videomonitoramento, ampliação do monitoramento nas saídas da Capital e avançar na tecnologia, em fase de teste, de reconhecimento automático das placas dos automóveis.
"Para viabilizar o reconhecimento das placas, é importante que a Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul (Procergs) e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) cedam as placas de seu banco de dados, para podermos monitorar on-line as ocorrências de veículos furtados que passarem por pardais ou câmeras", explica o prefeito. O banco de dados ainda está sendo disponibilizado como teste, e não definitivamente.
Outras ações visando aumentar a segurança nos ônibus da Capital são a instalação de câmeras ao redor os veículos, e não apenas dentro, o uso de comunicação por rádio digital entre Guarda Municipal, Brigada Militar e Polícia Civil e o reconhecimento facial dos usuários do transporte público.
No final de março, a prefeitura divulgou o resultado parcial de pesquisa feita através do hotsite www.passagemdeonibus2017.com.br, sobre questões relativas à tarifa de ônibus. No levantamento, 56% dos usuários responderam não querer a implantação do reconhecimento facial. "Talvez a população não tenha entendido o benefício. Certamente a tecnologia vai proporcionar um não aumento ou uma redução no valor da passagem, porque temos alto índice de fraudes nas gratuidades e o reconhecimento vai combater essas irregularidades. Além disso, a bilhetagem eletrônica e o reconhecimento facilitarão que pessoas com problemas com a lei não transitem no transporte público", observa Marchezan. O resultado da pesquisa balizará as políticas estabelecidas no município.
Em Canoas, a integração permitiu a redução de 56% nos casos de homicídios entre janeiro e fevereiro, quando a parceria começou, conforme a prefeitura. Ao contrário de Porto Alegre, onde a aposta está no monitoramento, Canoas investe em ações na área de inteligência. Até o final do ano, o município pretende comprar 35 viaturas, disponibilizando 15 para a Brigada Militar e dividindo as outras 20 entre a Guarda Municipal, a Polícia Civil e os agentes penitenciários.
 
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