Os professores da rede municipal de Cachoeirinha denunciarão as agressões ocorridas no dia 30 de março para os Ministérios Públicos do Trabalho, Federal e Estadual. A representação será por crime de lesa-humanidade e por violação de direitos fundamentais.
De acordo com o Sindicato dos Municipários de Cachoeirinha (SMC), três servidores foram presos e 30 foram feridos por policiais militares durante protesto em frente à Câmara de Vereadores do município.
A entidade foi à reunião da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) da Assembleia Legislativa de ontem, relatar as agressões. "Estamos há 31 dias de greve e já houve vários episódios de violação de direitos humanos nesse período. O mais grave foi o do dia 30 de março, durante repressão brutal que ocorreu sem autorização judicial. Pelo contrário: os municipários tinham ganhado na Justiça o direito à manifestação e ao acesso à Câmara", afirma Guilherme Runge, professor municipal e presidente do SMC. Naquela data, estava para ser votado na Câmara um projeto de alterações na concessão de vale-alimentação aos servidores.
Runge relata que a comoção foi nacional e fortaleceu a greve. "Uma minoria que não participava da paralisação aderiu depois dessa injustiça", informa.
A prefeitura não se posicionou oficialmente sobre as agressões. A Câmara de Vereadores lançou nota lamentando o ocorrido e garantindo que os atos de violência serão apurados pelas autoridades competentes.