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- Publicada em 05 de Abril de 2017 às 22:35

Familiares pedem ajuda de custo para ir aos EUA

Audiência pública tratou de litígio internacional movido pela AVTSM

Audiência pública tratou de litígio internacional movido pela AVTSM


FREDY VIEIRA/FREDY VIEIRA/JC
Isabella Sander
A vergonha do Rio Grande do Sul trajada nas vestes de uma impunidade de mais de quatro anos foi exposta novamente nesta quarta-feira, em uma audiência pública na Assembleia Legislativa (AL) sobre a tragédia na boate Kiss, em Santa Maria. A aposta da vez da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) é que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), responsabilize o Estado brasileiro pelas 242 mortes e pelos mais de 600 feridos em incêndio na boate em 27 de janeiro de 2013.
A vergonha do Rio Grande do Sul trajada nas vestes de uma impunidade de mais de quatro anos foi exposta novamente nesta quarta-feira, em uma audiência pública na Assembleia Legislativa (AL) sobre a tragédia na boate Kiss, em Santa Maria. A aposta da vez da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) é que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), responsabilize o Estado brasileiro pelas 242 mortes e pelos mais de 600 feridos em incêndio na boate em 27 de janeiro de 2013.
Há algumas semanas, os familiares pediram ajuda de custo da AL para enviar uma comitiva até Washington (EUA), onde funciona a sede da CIDH, quando ocorrerem reuniões sobre o assunto. "Junto com a nossa petição, há centenas de outras concorrendo para serem apreciadas pelo órgão. Por isso precisamos ir até lá, explicar nossos motivos e sensibilizar os membros da comissão em relação ao assunto", aponta Tâmara Biolo Soares, advogada responsável pelo litígio internacional.
O vice-presidente da AVTSM, Flávio Silva, revela que só será possível dar continuidade à luta dos familiares caso o apoio financeiro seja aprovado. "Somos uma entidade sem recursos próprios. Ainda temos esperança, mas se a Casa do Povo não nos der suporte, não sabemos mais a quem recorrer", desabafa.
A primeira solicitação de ajuda foi negada pelo Parlamento. Ontem, o deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) afirmou que irá recorrer da decisão e, se o aporte de verba não for liberado, procurará criar uma "lista de solidariedade" entre os parlamentares. O petista propôs, ainda, que o recurso à decisão da mesa se desse no nome da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH). O encaminhamento foi aprovado.
O presidente da AVTSM, Sérgio Silva, criticou o fato de a Ordem dos Advogados do Brasil do Rio Grande do Sul (OAB/RS) nunca ter se posicionado oficialmente a respeito de processos de danos morais movidos pelo Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul contra pais de vítimas, em virtude de protestos e artigos em jornais. "Pedimos que a OAB/RS se manifeste, para melhorar a moralidade do Estado que está em baixa diante desse processo", requisita.
Francisco Thomaz Telles, representando a entidade de advogados na audiência, lamentou a ausência do MP na reunião. Revelou considerar as ações movidas pelo órgão "surreais" e uma "atitude corporativista" e prometeu levar a requisição de posicionamento oficial da Ordem para a presidência.
A vice-presidente da CCDH, deputada estadual Miriam Marroni (PT), propôs que a comissão convide a OEA para uma visita ao Brasil, a fim de sensibilizar a organização sobre a condição de impunidade por que passam os familiares das vítimas e dos sobreviventes.
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