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Segurança pública

- Publicada em 04 de Abril de 2017 às 22:17

Falta de recursos não será desculpa, afirma secretário Kleber Senisse

Para Senisse (centro), falta de recursos deve ser rebatida com criatividade

Para Senisse (centro), falta de recursos deve ser rebatida com criatividade


MARCO QUINTANA
Gestão, inteligência, integração, tecnologia de informação e comunidade. São cinco os eixos que compõem a base de um plano de segurança para a Capital. As medidas que já vêm sendo tomadas pela Secretaria Municipal de Segurança (SMG) e os próximos passos foram discutidos ontem, em uma reunião da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana, na Câmara Municipal.
Gestão, inteligência, integração, tecnologia de informação e comunidade. São cinco os eixos que compõem a base de um plano de segurança para a Capital. As medidas que já vêm sendo tomadas pela Secretaria Municipal de Segurança (SMG) e os próximos passos foram discutidos ontem, em uma reunião da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana, na Câmara Municipal.
No encontro, foram discutidas principalmente a atuação da Guarda Municipal e as premissas que compõem o plano elaborado pela gestão do prefeito Nelson Marchezan Júnior. O coronel Kleber Senisse, titular da SMG, deixou claro que não utilizará o argumento de recursos escassos. "Temos que ter criatividade para resolver os problemas", apontou. Além de expor as ideias da prefeitura, Senisse também ouviu demandas da população e questionamentos dos vereadores.
Em sua campanha, Marchezan foi bastante enfático na questão da atuação da Guarda Municipal. A Lei nº 13.022 de 2014, que trata da competência dos guardas municipais, prevê que, além de zelar pelos bens, equipamentos e prédios públicos da cidade, os agentes previnam, inibam e coíbam infrações penais, podendo também intervir em casos de flagrante.
Atualmente, 693 guardas municipais atuam em Porto Alegre. No entanto, há 290 aprovados que aguardam a abertura de vagas. Representantes da comissão de aprovados alegam, ainda, que existem 266 vagas abertas e que somente 250 agentes possuem porte de arma - os demais não estariam capacitados.
A pasta vem trabalhando na reengenharia das guardas da Capital. Antigamente, quatro grupos diferentes compunham a instituição. Agora, a prefeitura juntou todos em um só e, quando concluir esse processo, vai avaliar a abertura de novas vagas, se necessário. "Segurança pública não se faz de maneira isolada. Estamos trabalhando, agora, em integração com o Palácio Piratini. O pessoal da Guarda Municipal e da equipe do Estado trabalhará em conjunto para possibilitar respostas mais rápidas", detalhou Senisse. Uma das ideias da SMG é promover o monitoramento eletrônico de toda a cidade, utilizando as câmeras já existentes. "Todas as mais de mil câmeras estão integralizadas, espelhadas entre si."

Segurança em escolas e fiscalização do comércio ilegal

A segurança de escolas e de postos de saúde também foi debatida na reunião. "Às vezes, trata-se de uma questão de urbanismo: trocar lâmpadas, aparar a grama... Isso contribui para a sensação de segurança. E não pode ser apenas sensação, deve ser transformada em segurança efetiva", explica o secretário municipal de Segurança, coronel Kleber Senisse. Reuniões com associações de bairros e com a iniciativa privada também foram citadas como possibilidades para combater a violência na Capital.
Na reunião, participaram os vereadores Cassiá Carpes (PP), João Bosco Vaz (PDT), Mônica Leal (PP) e Comandante Nádia (PMDB). Entre os questionamentos, Mônica ressaltou a importância de guardas municipais nas escolas. Porto Alegre tem 60 colégios e, de acordo com Senisse, 123 guardas atuantes nesses locais. "Tínhamos a ideia de que era algo grande, mas o guarda municipal se tornou uma espécie de faz tudo. Fica mais na portaria, na supervisão de crianças no recreio... A atuação na segurança mesmo não existe. Além disso, algumas têm alarme, rádio digital, câmeras. São seguras, mas falta trabalho para coibir os problemas que estão ocorrendo", explica. O secretário explicou que as escolas serão analisadas individualmente para que programas de prevenção contra crimes possam ser desenvolvidos.
Especialmente criticado por lojistas, o comércio ilegal foi citado como uma das chagas da Capital. A prefeitura já vem atuando em trechos da avenida Borges de Medeiros e da Rua dos Andradas, no Centro. "Estamos fazendo a limpeza desses locais e tentando entender o que está acontecendo, uma vez que o comércio ilegal é responsável por grande parte da receptação na Capital", relata Senisse. O secretário garante que esse tipo de operação será permanente.