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AUTOMOTIVO

- Publicada em 25 de Maio de 2017 às 15:00

Montadoras estão no caminho da estabilidade

Produção cresceu em março, chegando a 18,1% em relação a 2016

Produção cresceu em março, chegando a 18,1% em relação a 2016


/JONATHAN HECKLER/JC
A indústria automobilística parece ter encontrado o caminho para a estabilidade. Pelo menos é o que indica o balanço do primeiro trimestre do ano divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Pelo segundo mês consecutivo, a produção da indústria automobilística registrou crescimento. As 234,7 mil unidades fabricadas em março representam crescimento de 18,1% ao se comparar com as 198,8 mil do mesmo período de 2016. O acumulado da produção no primeiro trimestre atingiu 609,8 mil autoveículos, aumento de 24% frente as 491,7 mil do ano passado.
A indústria automobilística parece ter encontrado o caminho para a estabilidade. Pelo menos é o que indica o balanço do primeiro trimestre do ano divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Pelo segundo mês consecutivo, a produção da indústria automobilística registrou crescimento. As 234,7 mil unidades fabricadas em março representam crescimento de 18,1% ao se comparar com as 198,8 mil do mesmo período de 2016. O acumulado da produção no primeiro trimestre atingiu 609,8 mil autoveículos, aumento de 24% frente as 491,7 mil do ano passado.
"O mês de março foi bom, mas mesmo com um resultado superior em relação a 2016, continuamos com uma capacidade ociosa elevada, o que é especialmente complexo para as empresas. Precisamos aguardar o desempenho dos próximos meses para ter um cenário mais claro, mas estamos no caminho da estabilidade. O destaque positivo está nas exportações, pois registramos melhor resultado histórico no primeiro trimestre", afirma o presidente da Anfavea, Antonio Megale.
As exportações apresentaram uma expansão de 64,6% se comparadas com março de 2016. No acumulado de 2017, foram exportadas 172,7 mil unidades, 69,7% superior as 101,8 mil do primeiro trimestre do ano passado. A Anfavea prevê crescimento nas vendas internas de 4% e retomada mais robusta no segundo semestre.
"Esperamos que ocorra maior crescimento, o que deve compensar a estabilidade do primeiro semestre", diz Megale. O número de trabalhadores diminuiu 6% nos últimos 12 meses, atingindo em março 121,1 mil empregados.
A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) também aposta em uma possível recuperação no segundo semestre, dependendo dos rumos da política e economia do País. Os últimos dados da entidade revelam que, para o setor da distribuição de veículos, o mês de março apresentou crescimento de 37,91% em relação a fevereiro. Foram emplacadas 282.631 unidades em março, contra 204.933 no mês anterior.
Já na comparação entre março de 2017 e o mesmo período de 2016 (293.900 unidades), houve queda de 3,83% nos emplacamentos. O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, avaliou 2016 como "o pior da história da distribuição de veículos no Brasil nos últimos 11 anos". Segundo ele, este foi um dos setores da economia que mais sofreu com a crise, com o mercado retroagindo a volumes equivalentes aos anos de 2005 e 2006.
 

GM comemora sucesso do Onix

A GM, através de sua marca Chevrolet, conquistou a liderança do mercado brasileiro em 2016 e lidera o ranking da América do Sul há 16 anos consecutivos. O vice-presidente da GM Mercosul, Marcos Munhoz, comemora ainda o sucesso do Onix. O modelo foi o carro mais vendido no Mercosul nos últimos dois anos e segue líder em 2017. Apesar da crise, a empresa mantém os planos de investimentos para o Brasil. "Estamos investindo R$ 13 bilhões entre 2014 e 2019/2020", afirma o executivo.
A unidade de Gravataí é a maior fábrica de veículos do Hemisfério Sul e uma das mais eficientes e produtivas da GM no mundo, segundo Munhoz. "Recentemente, renovamos os modelos Onix e Prisma e lançamos o Onix Activ, todos produzidos na linha de Gravataí", conta. O vice-presidente disse que, no ano passado, a empresa lançou 12 modelos novos e renovados. "Neste ano, já lançamos o novo Tracker e acabamos de confirmar o lançamento do Chevrolet Equinox (SUV médio) para o segundo semestre. Isso vai complementar a nossa família de SUVs e Crossovers no País, que conta com Onix e Spin Activ, Tracker e Trailblazer", completa.

Agrale busca novos mercados internacionais

A Agrale, líder do Grupo Stedile, que engloba também as empresas Agritech Lavrale S.A., Fundituba e Fazenda Três Rios, está focada na ampliação da sua presença no mercado internacional. A expectativa para este ano é exportar de 25% a 30% da produção de ônibus, tratores e caminhões. Hoje, a Argentina é o país com maior presença de produtos da marca de Caxias do Sul. Segundo o diretor comercial, Edson Ares Sixto Martins, a empresa vende para o país vizinho há mais de 40 anos.
"Em 2005, constituímos a Agrale Argentina, estabelecendo lá nossa própria rede de distribuidores. Três anos mais tarde, instalamos em Mercedes, província de Buenos Aires, nossa fábrica própria. Atualmente, somos líderes na produção e venda de ônibus urbanos com motor traseiro e de micro-ônibus na Argentina", diz ele. A empresa gaúcha também tem negócios com a Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e outros países da América Latina, África e Oriente Médio.
Quanto ao mercado interno, Martins diz que a recessão é grave e que a montadora trabalha para alcançar, pelo menos, os mesmos resultados de 2016. O segmento de chassis para ônibus e caminhões registrou quedas significativas nos últimos anos. Segundo ele, no final do ano passado, o mercado de ônibus era um terço do que foi há três anos. "De todos os segmentos em que a Agrale atua, o de máquinas agrícolas é o que está em uma trajetória de melhora. O primeiro trimestre deste ano já registrou crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior", analisa.

Randon aposta na gestão para ser mais competitiva

Executivo espera mais rentabilidade

Executivo espera mais rentabilidade


/JULIO SOARES/OBJETIVA/DIVULGAÇÃO/JC
Maior fabricante de reboques e semirreboques da América Latina, a Randon S.A., de Caxias do Sul, fez da crise uma oportunidade para reestruturar a empresa, enxugar custos fixos e se tornar cada vez mais competitiva. "Se observarmos a crise de 2008/2009 na Europa, vemos que os sobreviventes voltaram mais fortes. Nesses últimos três anos, olhamos para dentro da empresa e fizemos o trabalho de casa, pois até 2014 estávamos focados no crescimento rápido do mercado e nas necessidades dos clientes", afirma o vice-presidente de Administração e Finanças da Randon S.A., Daniel Randon.
Para ele, o maior desafio na recessão é buscar a sustentabilidade da empresa. "Seguramos os investimentos, mas não deixamos de fazer aportes necessários em segurança, saúde e meio ambiente. Também investimos em tecnologia e desenvolvimento de produtos e matérias-primas para nos tornarmos ainda mais competitivos", explica.
A redução do mercado interno fez com que o grupo tivesse que reduzir postos de trabalho. O executivo lembra que no setor de implementos, por exemplo, a empresa tem capacidade de produção de 2 mil reboques/mês, mas em 2016 a média ficou em menos da metade.
Em todo grupo Randon, de 2014 ao início de 2017, o número de colaboradores caiu de 12 mil para 7,4 mil. Randon diz que a empresa está trabalhando com uma nova realidade, com mercado menor e que espera uma reação a partir do segundo semestre do ano. "Acreditamos que 2017 seja um ano desafiador. Estamos com perspectiva de PIB zero ou pequeno crescimento. O importante é que paramos de cair, as frotas precisam ser renovadas, o agronegócio está em um bom momento e temos perspectivas de juros menores, com chances de fechar 2017 com mais rentabilidade", completa.