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Dia da Indústria

- Publicada em 20 de Abril de 2017 às 10:20

Terceiro ciclo de queda

Recuperação deve ser tímida, pois primeiro trimestre fechou com 55% de utilização da capacidade instalada das empresas, segundo Brocco

Recuperação deve ser tímida, pois primeiro trimestre fechou com 55% de utilização da capacidade instalada das empresas, segundo Brocco


MULTIFOTO/DIVULGAÇÃO/JC
A indústria de borracha - que se relaciona com diferentes segmentos da economia nacional, desde insumos para a produção agrícola até o fornecimento de componentes para a indústria petrolífera em águas profundas - enfrenta o terceiro ciclo de queda em um espaço de oito anos. Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha no Estado do Rio Grande do Sul (Sinborsul), Gilberto Brocco, a crise atual é a mais intensa para o setor agregado do que para a indústria de pneumáticos. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Artefatos de Borracha (Abiarb) mostram que o setor de artefatos registrou em 2016 queda de 5,83% no valor bruto de produção em relação a 2015. Para este ano, a expectativa da entidade nacional é de que o valor bruto da produção cresça 2,75% em relação a 2016.
A indústria de borracha - que se relaciona com diferentes segmentos da economia nacional, desde insumos para a produção agrícola até o fornecimento de componentes para a indústria petrolífera em águas profundas - enfrenta o terceiro ciclo de queda em um espaço de oito anos. Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha no Estado do Rio Grande do Sul (Sinborsul), Gilberto Brocco, a crise atual é a mais intensa para o setor agregado do que para a indústria de pneumáticos. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Artefatos de Borracha (Abiarb) mostram que o setor de artefatos registrou em 2016 queda de 5,83% no valor bruto de produção em relação a 2015. Para este ano, a expectativa da entidade nacional é de que o valor bruto da produção cresça 2,75% em relação a 2016.
"O primeiro ciclo teve como principal fator a crise econômica internacional de 2008 e resultou na maior retração da história. Em 2012, o setor passou por mais um forte ajuste que levou a produção a cair 10%. É muita volatilidade, que acaba prejudicando o planejamento empresarial", diz ele. O cenário econômico de 2016 também não foi positivo. Conforme o balanço anual do sindicato, o pior resultado está na fabricação de peças técnicas, um reflexo do comportamento do mercado automobilístico.
Segundo Brocco, a cadeia industrial da borracha continua padecendo com a crise prolongada. Ele afirma que todos os indicadores relativos ao desempenho do segmento do Rio Grande do Sul tiveram resultados negativos nesse início de ano. "Encerramos o primeiro trimestre com a utilização da capacidade instalada nas empresas em torno de 55%, ainda abaixo do verificado para o mesmo mês em 2016", comenta. A queda de demanda das indústrias automotiva (principal cliente do setor) e da construção civil afeta diretamente o segmento da borracha. As exportações - que poderiam ser um alento neste momento de retração do mercado nacional - também estão em baixa. O Estado tem como seus principais parceiros internacionais os Estados Unidos e a Argentina, seguidos por Chile, México e Colômbia.
Para virar esse jogo, o dirigente torce pela implantação de uma política fiscal com foco na redução das desigualdades de competitividade com outros estados, além da abertura de crédito e redução de juros. "Enfrentamos uma enorme carga tributária, taxa de juros elevadíssima e leis trabalhistas ultrapassadas. Outro ponto negativo é a falta de incentivo para que os empresários possam renegociar suas dívidas, já que as empresas estão sofrendo com a restrição ao crédito", afirma. Em um cenário realista, a expectativa é de uma recuperação tímida em 2017.
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