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consumo

- Publicada em 24 de Abril de 2017 às 22:41

Inverno deve incrementar em 6% vendas do varejo gaúcho

Lojistas se anteciparam e formaram estoques ainda em novembro

Lojistas se anteciparam e formaram estoques ainda em novembro


/MARCOS NAGELSTEIN/ARQUIVO/JC
Após as altas temperaturas registradas no mês de abril, finalmente o frio começa a dar as caras. Acompanhando as mudanças climáticas, as vitrines estão preparadas para atender a demanda dos clientes por novidades das próximas estações. O presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), Vilson Noer projeta um crescimento de até 6% nos negócios do setor no outono-inverno, em comparação com o ano passado.
Após as altas temperaturas registradas no mês de abril, finalmente o frio começa a dar as caras. Acompanhando as mudanças climáticas, as vitrines estão preparadas para atender a demanda dos clientes por novidades das próximas estações. O presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), Vilson Noer projeta um crescimento de até 6% nos negócios do setor no outono-inverno, em comparação com o ano passado.
A AGV realizou uma pesquisa sobre as Tendências Outono-Inverno com os consumidores gaúchos. O levantamento revelou que 90,7% das pessoas entrevistadas farão compras de calçados e/ou vestuários para a estação. Muitos lojistas estão com seus estoques de inverno prontos desde novembro passado.
A Renner, uma das maiores do setor, lançou sua coleção outono-inverno ainda em fevereiro. Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da varejista, Laurence Gomes, a rede de lojas gaúcha tomou essa decisão com base na melhora gradual nas vendas no terceiro trimestre de 2016. Assim, o objetivo era estar bem abastecida para 2017.
Das lojas de departamento às lojas menores, o varejo se mostra preparado para o inverno. Mesmo com o aumento dos preços nos produtos, Luciane Fischer, proprietária da Dalú Roupas e Acessórios, de Santa Cruz do Sul, crê que o mês de abril será positivo para sua empresa. Visto que a reposição de seu estoque para estações mais frias superou 2016, a Dalú projeta vender 5% mais do que o ano passado. A melhora dos indicadores de confiança e econômicos, e o saque das contas inativas do FGTS são alguns dos fatores que deixam consumidores e comerciantes otimistas.
Conforme a pesquisa Tendências, 42,9% dos gaúchos planeja adquirir até cinco itens das novas coleções. A crise moldou o comportamento gaúcho para compras no varejo. Mais da metade dos entrevistados, 61%, revelam que preços muito altos nas peças podem ser um impeditivo na hora da compra, porém 70% garantiram que pesquisam os preços na internet antes de irem à loja efetuar a compra. Dos entrevistados, 63% preferem comprar em lojas de rua, em vez de utilizar o e-commerce.
Os sapatos são destaque no levantamento, com 77,6% de preferência na compra - 59,3% dos gaúchos compram até três pares por ano. Logo após, aparecem calças com 63,3% da intenção de compras, seguidas de blusas e casacos com 57,1% e 26,5% querem adquirir meias.
 

Demanda do consumidor por crédito aumenta 2,2% em março, diz Boa Vista

A demanda por crédito do consumidor teve alta de 2,2% em março em relação a fevereiro, com ajuste sazonal, segundo dados nacionais da Boa Vista SCPC. No confronto com o mesmo mês de 2016, contudo, houve queda de 1,9%. A retração também foi observada no acumulado do primeiro trimestre (4,0%) e no período de 12 meses até março (9,3%).
Na margem, a elevação registrada deriva do crescimento de 4,2% da demanda por crédito em instituições financeiras e de 1,0% no segmento não financeiro.
Apesar do melhor desempenho na comparação mensal, a Boa Vista SCPC avalia que os resultados da tendência do indicador ainda mostram uma demanda por crédito fragilizada por fatores como altas taxas de juros, rendimentos reais negativos e elevado desemprego. "Apesar disto, a perspectiva de redução de juros e de inflação deve aumentar a confiança dos agentes."

Intenção de consumo das famílias gaúchas mantém ritmo e cresce 9,5% em abril

Abril se encerra deixando mais uma vez evidente a tendência de recuperação lenta e gradual da Intenção de Consumo das Famílias no Rio Grande do Sul (ICF-RS). O indicador fecha o mês com elevação de 9,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Aos 69,7 pontos, o ICF obteve uma melhora em vários de seus componentes, com exceção da avaliação quanto à renda atual e das perspectivas profissionais. Os dados foram divulgados pela Fecomércio-RS.
"A confiança das famílias ainda é baixa. Apesar da melhora continuada desde agosto do ano passado, a conjuntura impõe limitações à expansão da confiança", destaca o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. Segundo ele, no atual cenário cresce a necessidade dos empresários incentivarem mecanismos de vendas ativas.
O indicador mede a situação do emprego, que cresceu 29,7% em abril (110,8 pontos) sobre o mesmo mês do ano passado. "Os números recentes da atividade econômica no Brasil mostram recuperação. Isso tem se refletido no mercado de trabalho ao reduzir o ritmo de destruição líquida de empregos", afirma Bohn. O dirigente lembra ainda que o mês de fevereiro último marcou o fim de um jejum de dois anos sem a criação de empregos no Brasil. No Rio Grande do Sul, considerando os dois primeiros meses do ano, o ritmo de criação líquida de postos de trabalho tem sido maior do que o do ano passado. "Isso passa a mudar a perspectiva das pessoas quanto à manutenção do emprego e é um passo importante para a recuperação do consumo", pontua.
Ainda no âmbito do mercado de trabalho, a avaliação quanto à situação de renda atual caiu 21,0% na comparação com abril/2016, registrando 59,4 pontos. O resultado desse componente mostra que, embora esteja ocorrendo um processo de desinflação, os preços continuam aumentando, o que se reflete numa percepção de renda real menor. A perspectiva profissional foi outro dado negativo no ICF desse mês, com recuo de 24,0% em relação a abril/2016, alcançando 78,3 pontos. A previsão de melhora na economia tem se refletido na segurança do emprego e não em uma maior confiança dos trabalhadores. Em relação ao consumo atual, o índice persiste em nível pessimista, apesar de ter apresentado alta de 10,1% na comparação com abril/2016, marcando 46,6 pontos. A facilidade de acesso ao crédito aumentou 2,5%, atingindo 58,8 pontos. O crédito permanece caro e os bancos, por sua vez, continuam muito restritivos na liberação de recursos. Já o indicador que mede o momento para o consumo de bens duráveis apresentou crescimento de 26,3%, ficando em 42,8 pontos. Apesar da alta em abril, a pesquisa destaca que o cenário atual de renda e crédito afeta de forma especial o consumo de bens duráveis, itens geralmente de maior valor.