Apesar da crise, o investimento das empresas em tecnologia da informação (TI) ficou estável em 2016, em 7,6% do faturamento líquido, em média. De acordo com pesquisa da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), realizada com 2,5 mil grandes e médias empresas, os bancos mais uma vez lideraram os investimentos, com 14,1% de seu faturamento. Logo atrás, estão serviços (11%), indústria (4,5%) e comércio (3,5%).
Para o professor da FGV-SP Fernando Meirelles, que coordena a pesquisa, o resultado surpreendeu, mesmo estando no mesmo patamar dos dois últimos anos. "Não esperava esse comportamento, especialmente pelo momento econômico que estamos passando no Brasil", disse o professor. É necessário ressaltar, porém, que o valor absoluto caiu, uma vez que o PIB e o faturamento médio das empresas sofreram queda em 2016.
"As empresas não têm como gastar menos. Elas perceberam que não dá para substituir uma economia de R$ 1 milhão em tecnologia por um gasto maior em outro setor", explica o professor.