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Economia

- Publicada em 05 de Abril de 2017 às 19:11

Brasil ganha milionários em 2016

Número de investidores caiu 4,2% em relação a 2015

Número de investidores caiu 4,2% em relação a 2015


JONATHAN HECKLER/JONATHAN HECKLER/JC
Em um ano em que os investimentos em ações tiveram uma rentabilidade de quase 40% e os juros ficaram acima de 14% na maior parte de 2016, duas mil pessoas passaram a fazer parte do grupo de clientes private (que tem ao menos R$ 1 milhão em investimentos) no Brasil. Já o número de investidores do varejo ficou 2,7 mil menor em razão do aumento do desemprego e da inflação em alta. O total de investimentos de pessoas físicas terminou o ano passado em R$ 2,3 bilhões, um crescimento de 12,9% em relação a 2015, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Em um ano em que os investimentos em ações tiveram uma rentabilidade de quase 40% e os juros ficaram acima de 14% na maior parte de 2016, duas mil pessoas passaram a fazer parte do grupo de clientes private (que tem ao menos R$ 1 milhão em investimentos) no Brasil. Já o número de investidores do varejo ficou 2,7 mil menor em razão do aumento do desemprego e da inflação em alta. O total de investimentos de pessoas físicas terminou o ano passado em R$ 2,3 bilhões, um crescimento de 12,9% em relação a 2015, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
O maior número de investidores está incluído na categoria varejo. Em dezembro, eram 63,8 milhões de pessoas com algum tipo de investimento, um recuo de 4,2% em relação ao existente em 2015. O total de aplicações desse público, que concentra a maior parcela em poupança, chegou a R$ 854,7 bilhões, uma alta de apenas 3,3%. Esse resultado reflete um baixo crescimento das aplicações em poupança. Houve um volume de saques de recursos para a cobertura de despesas, já que o desemprego afetou algumas dessas famílias", José Rocha, presidente do Comitê de Varejo da Anbima.
O contrário aconteceu entre o público de private banking, que é aquele cliente que tem, em geral, ao menos R$ 1 milhão para investir. O número de milionário chegou a 112 mil, uma alta de 1,8%. Já as aplicações desse público chegaram a R$ 756,3 bilhões, uma alta de 16%. O montante é ainda maior quando se considera o que está em planos de previdência privada. Esse grupo soma R$ 831,6 bilhões nos mais diferentes tipos de aplicação.
Como o patrimônio cresceu mais que o número de milionários, a aplicação média de cada um deles também cresceu, chegando a R$ 15,4 milhões, uma alta de 13,9%. A maior parte desse dinheiro está aplicada em ativos de renda fixa e fundos de investimento. "As aplicações em fundos voltaram a crescer, e isso vai se manter em 2017, devido à queda da Selic. Com rendimento menor, cresce a captação de fundos multimercados. O perfil do investidor não é estático. Quando ele vê a Selic indo para um dígito, ele aceita tomar mais risco", afirmou João Albino, presidente do comitê de private banking da Anbima.
A título de comparação, a aplicação média do cliente de varejo é de R$ 13,4 mil. Ela sobe para o chamado "varejo de alta renda", que é o público classificado por algumas instituições financeiras como aquele que ganha ao menos R$ 10 mil e tem investimentos. Esse segmento conta com 5,6 milhões de clientes, e eles possuem R$ 696,5 bilhões em aplicações, uma alta de 18,6%. A aplicação que eles mais gostam é renda fixa.
 
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