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Economia

- Publicada em 04 de Abril de 2017 às 12:14

Confiança tem melhorado e risco do País tem caído, diz presidente do Banco Central

Agência Estado
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, considerou nesta terça-feira (4) que o Brasil está em um momento de estabilização e recuperação dos fundamentos econômicos e destacou a agenda de reformas do governo. "Era necessário reverter o quadro de crise, com recessão profunda, diversas distorções, inflação alta e expectativas desancoradas. Essa mudança de direção já começa a mostrar resultados positivos", afirmou, em apresentação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. "O risco país, medido pelo CDS, caiu de aproximadamente 500 p.b. no início de 2016 para abaixo da metade desse valor atualmente. Isso evidencia maior confiança dos investidores no País e na recuperação da atividade econômica", completou.
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, considerou nesta terça-feira (4) que o Brasil está em um momento de estabilização e recuperação dos fundamentos econômicos e destacou a agenda de reformas do governo. "Era necessário reverter o quadro de crise, com recessão profunda, diversas distorções, inflação alta e expectativas desancoradas. Essa mudança de direção já começa a mostrar resultados positivos", afirmou, em apresentação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. "O risco país, medido pelo CDS, caiu de aproximadamente 500 p.b. no início de 2016 para abaixo da metade desse valor atualmente. Isso evidencia maior confiança dos investidores no País e na recuperação da atividade econômica", completou.
Ilan defendeu que o trabalho do governo e do BC tem sido efetivo para conter a inflação e ancorar as expectativas. Ele citou que as projeções para a inflação de 2017 estão em 4,1% - abaixo do centro da meta de 4,5%. Para 2018, a estimativa do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estão em 4,5%.
"Portanto, a evidência empírica novamente corrobora a importância da atuação da política monetária, e da política econômica de forma geral, para o controle da inflação e das expectativas inflacionárias", avaliou o presidente do BC. "Essa evidência também corrobora a necessidade de a política monetária primeiro ancorar as expectativas de inflação para depois iniciar o processo de flexibilização monetária", acrescentou.
Ilan Goldfajn comentou sobre os desenvolvimentos mais recentes da economia mundial, destacando que o cenário global ainda é "especialmente incerto". "Há incerteza sobre as políticas econômicas dos países centrais. Assimetrias entre políticas econômicas dos EUA e Europa tendem a pressionar dólar", afirmou. "Isso deve gerar impacto para emergentes com condições de financiamento menos favoráveis", completou.
Apesar dessas incertezas, o presidente do BC garantiu que o Brasil se encontra menos vulnerável, por ter um menor déficit em transações correntes, inteiramente financiado pelo Investimento Direto no País (IDP). "O investimento direto atingiu 4,6% do PIB ou quase quatro vezes o déficit em conta corrente, enquanto nossas reservas internacionais chegam perto de 20% do PIB", elencou.
Ilan considerou ainda que desaceleração dos emergentes parece ter atingido vale com reação da atividade em várias regiões. Por isso, ele considerou que não se pode descartar um cenário mais benigno com a melhora do cenário do preço das commodities.
O presidente do Banco Central lembrou o processo de flexibilização monetária conduzido pelo Comitê de Política Monetária (Copom), com cortes sucessivos da taxa Selic em um total de 200 pontos, e destacou a expectativa do mercado por uma continuidade desse processo no futuro. A Selic está atualmente em 12,25% ao ano. "No momento, a taxa de juros básica está num processo de queda, em face das expectativas de inflação ancoradas em torno da meta, da inflação em queda, e do alto grau de ociosidade na economia", afirmou.
Ilan voltou a explicar que o BC se concentra em evitar efeitos secundários de ajuste de preços relativos que possam acontecer ao longo do tempo, e não em tentar combater seus efeitos primários.
O presidente do BC pontuou que as taxas de juros reais - descontada a inflação - também estão em queda e citou que a taxa real ex-ante (a taxa prefixada para 12 meses menos a inflação esperada no período), chegou a quase 9% em setembro de 2015, mas recuou para 5,1% atualmente.
"A taxa de juros real da economia brasileira ainda está em processo de convergência. A continuidade da queda da taxa de juros ao longo do tempo dependerá de avanços que levem à diminuição da taxa estrutural de juros da economia", avaliou.
De acordo com Goldfajn, a taxa de juros estrutural depende de fatores como crescimento da produtividade, das perspectivas para a política fiscal, da qualidade do ambiente contratual e de negócios, da eficiência na alocação de recursos via sistema financeiro e da qualidade das políticas econômicas. "Assim, o redirecionamento da política econômica pelo governo, com a aprovação e implementação de ajustes e reformas que estamos empreendendo, entre elas a reforma da Previdência e a modernização da remuneração do BNDES, podem produzir queda da taxa de juros estrutural da economia brasileira", avaliou.
O presidente do Banco Central acredita que a criação da nova Taxa de Longo Prazo (TLP) - que substituirá a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) - vai aumentar a previsibilidade e a segurança dos contratos. Assim, o "BNDES deve reforçar sua atuação de forma integrada ao mercado de capitais", disse o presidente do BC em audiência pública no Senado, ao comentar que isso fomentará o financiamento privado de longo prazo e ainda ajudará no equilíbrio fiscal porque reduz subsídios do Tesouro ao BNDES.
A TLP passará a ser usada gradualmente em janeiro de 2018 e será composta pela variação do IPCA e por uma taxa de juros real prefixada equivalente ao rendimento real das Notas do Tesouro Nacional - Série B (NTN-B).
O presidente do BC também comentou que a instituição tem agido para tornar o uso do cartão de crédito mais eficiente e barato. "Recentemente adotamos medidas que melhoram a concorrência, como a universalização do acesso, a legalização da prática de diferenciação dos preços a depender do meio de pagamento utilizado e a limitação do período máximo para o uso de crédito
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