Dívida dos estados

A renegociação das dívidas dos estados, que está na Câmara Federal, não vai ser cumprida pelos mesmos. No texto da lei, é dito que não poderá haver reajustes de salários no período, porém deixa a porta aberta para o Judiciário quando houver sentença transitada em julgado. Ou seja, vão usar isto para reajustar salários. Outro erro é colocar dinheiro novo nos estados; deveriam intervir neles, afastar o governador, e colocar um interventor federal que fizesse tudo o que era necessário. E, por fim, se os estados não cumprirem não vai ter uma sanção coercitiva. A conta irá para todo o País, na carga tributária e dívida pública. O principal responsável disto é o governo fraco de Michel Temer (PMDB). (Rafael Alberti Cesa, Caxias do Sul/RS)

É consabido que o projeto do Regime de Recuperação Fiscal, de iniciativa do governo federal, pretende suspender pelo prazo de três anos os pagamentos pelos estados das dívidas à União. Significa alívio momentâneo, já que impagáveis, não mais do que isso! Para tanto, ainda impõe medidas enérgicas como contrapartidas. Vencido o prazo aludido, novo e gigantesco desafio, com as dívidas - discutíveis, como a do nosso Rio Grande - aumentadas e sem possibilidade, não nos enganemos, de atendimento! Por que os governadores estão aceitando? Simples. Em primeiro lugar, sabidamente falidos os estados (uns mais, outros menos, é certo). Em segundo lugar, lá adiante perspectiva de outra negociação, até mesmo com outros no poder! Perguntar-se-á, então, qual a solução? A União, em algum momento, fazendo arrocho possível, assumir os encargos, exonerando os estados. (Jorge Lisbôa Goelzer, advogado, Erechim/RS)

O que se faz necessário não é a reforma da Previdência, mas sim a reforma da presidência. Quantos governos se passaram e nada fizeram, não souberam administrar, nem tampouco melhorar a matriz tributária, simplesmente olharam para o umbigo. Está mais do que se ter um planejamento futuro, chega de desviar a atenção dos grandes problemas brasileiros com balelas, com corporativismo. Está mais do que na hora de fazer o dever de casa. Isso serve para todos os Poderes, vamos tirar o Brasil a limpo. Corruptos e corruptores sejam eliminados da vida pública. O povo brasileiro está cansado de pagar a conta que não deve. (Bruno Pedro Rech, contador, Sarandi/RS)

O comércio de Porto Alegre não percebe que quanto mais ganharem os trabalhadores, mais lucro terá (Varejo orienta sindicatos empresariais a manter as lojas abertas, Jornal do Comércio, 27/04/2017). Essa atitude não engrandece os comerciantes e ajuda a criar um conflito desnecessário. Isso jamais aconteceria no Canadá ou em qualquer outro país de primeiro mundo. A luta dos brasileiros é contra o desmonte do País, que atingirá a todos. Principalmente o comércio. (Debora R. Cunha)