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- Publicada em 10 de Abril de 2017 às 15:16

Semana Santa

Nestes dias da Semana Santa, a Igreja celebra os principais momentos da vida de Cristo Jesus. "Ele existindo em forma divina, não se apegou ao ser igual a Deus, mas despojou-se, assumindo a forma de escravo e tornando-se semelhante ao ser humano. E encontrado em aspecto humano, humilhou-se, fazendo-se obediente até a morte - e morte de Cruz" (Fl 2,6-8).
Nestes dias da Semana Santa, a Igreja celebra os principais momentos da vida de Cristo Jesus. "Ele existindo em forma divina, não se apegou ao ser igual a Deus, mas despojou-se, assumindo a forma de escravo e tornando-se semelhante ao ser humano. E encontrado em aspecto humano, humilhou-se, fazendo-se obediente até a morte - e morte de Cruz" (Fl 2,6-8).
A Páscoa é um ponto culminante das celebrações da Semana Santa. No domingo da Páscoa, a Igreja celebra a vitória da vida sobre a morte, do amor sobre toda forma de injustiça, de Deus sobre as forças do mal.
Aquele que fora aclamado pelo povo de Israel como sendo rei dos judeus entra em Jerusalém humildemente montado em jumento, sem utilizar de astúcia e nem de violência, mas dando testemunho da Verdade. A verdade liberta! A Páscoa é celebração da verdade! Aquele que fora crucificado e morto "era verdadeiramente Filho de Deus"!
Deus assumiu a condição humana não para dominar a humanidade através de instrumentos políticos, sociais e econômicos, mas para mostrar que o amor é mais forte que a morte! Por isso, causa medo e pavor quando se assiste a eliminação cruel de inocentes através de armas químicas, como se assistiu nestes dias na Síria. Causa indignação o fato de pessoas, crianças, jovens e idosos, serem obrigadas a deixar sua terra, suas casas em busca de condições melhores de vida, mas não serem acolhidas por nações que se consideram ricas; essas mesmas nações, com suas indústrias de armamentos e sistema financeiro, sustentam a cultura da morte. Causa vergonha assistir um parlamentar que se considera democrático ser aplaudido quando usando expressões tipicamente nazistas, zomba e desfaz-se de indígenas e quilombolas. Espetáculo tétrico realizado na casa daqueles que sofreram a dor de uma dura, injusta e sangrenta perseguição. Surpreende-nos iniciativas que defendem o uso de armas como via para se construir a paz. São os sinais da paixão de Cristo sendo atualizados no hoje da história.
A Semana Santa representa um grande convite a rever práticas e mentalidades. É tempo de, como discípulos e discípulas do crucificado-ressuscitado, renovar a fé e a esperança. O cristão não pode se conformar com a mentalidade deste mundo. O sistema econômico que se impõe e quer, por exemplo, reger as relações humanas, exclui e mata. Por isso, somos convidados a dizer "não a uma economia de exclusão e desigualdade, onde o dinheiro reina em vez de servir. Esta economia mata. Esta economia exclui. Esta economia destrói a Mãe Terra" (Papa Francisco).
Nestes dias a Igreja é confrontada com a humildade de Deus. O silêncio da cruz nos interpela: o Senhor da vida é conduzido ao tribunal e ao patíbulo como malfeitor. Resplandece assim do que é capaz o ser humano quando perde o senso da vida, da verdade, da justiça. O silêncio que brota da cruz não é o de um fim dramático. Diante do silêncio do crucificado, somos desafiados a renovar nossa esperança. A vida não termina com a morte. A vida vence a morte!
A Semana Santa nos convida a entrar na íntima experiência da vida de Deus. Ele, mesmo sofrendo e morrendo na cruz, ama sem reservas e testemunha querer salvar todo ser humano de boa vontade. Celebrar a Semana Santa é celebrar e confessar a primazia vida humana, sua dignidade e nobreza.
 
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