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Porto Alegre, sexta-feira, 21 de abril de 2017. Atualizado �s 16h08.

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Not�cia da edi��o impressa de 13/04/2017. Alterada em 21/04 �s 16h11min

Novo espet�culo da Cia. R�stica estreia neste s�bado em Porto Alegre

Priscilla Colombi e Leonardo Machado est�o em novo espet�culo da Cia. R�stica

Priscilla Colombi e Leonardo Machado est�o em novo espet�culo da Cia. R�stica


CLAITON DORNELLES /JC
Michele Rolim
Depois de produções premiadas, como Cidade Proibida (2013) e Natalício Cavalo (2013), a Cia. Rústica, sob direção de Patricia Fagundes, estreia Fala do silêncio neste sábado, às 20h, na Sala Álvaro Moreyra (Érico Veríssimo, 307). As sessões seguem até o dia 30 de abril.
A ideia surgiu a partir do desejo de Patricia e Leonardo Machado de voltarem a fazer teatro juntos. O ator retorna aos palcos após 10 anos atuando apenas no cinema (ele volta ao set de filmagem em maio para gravar o filme Legalidade, com direção de Zeca Brito, no qual interpretará Leonel Brizola). Machado já integrou o elenco da Rústica nas peças A Megera Domada (2008) e Sonho de uma noite de verão (2006).
Patricia também assina a composição dramatúrgica a partir do texto Traições, de Harold Pinter (1930-2008). Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, em 2005, o dramaturgo inglês escreveu o texto em 1978. A diretora propõe o cruzamento do material com os escritos durante o processo de criação da montagem como relatos de memórias e fatos históricos.
"Esse trabalho contribui para o atual momento que estamos vivendo. A peça faz uma mixagem entre a vida privada, inspirada nessa obra do Pinter, e percepções sobre a sociedade colocando questões políticas de uma forma sensível evitando a forma odiosa que estamos vivendo, e o polarismo, que tanto afeta o nosso cotidiano e nossas relações", comenta Patricia.
> Assista a uma das cenas em que Machado e Priscilla travam um diálogo: 
O espetáculo apresenta um triângulo amoroso formado pelos atores Lisandro Bellotto (Roberto), Priscilla Colombi (Lucia) e Leonardo Machado (Alexandre). Na trama, Roberto e Lucia são casados. Alexandre é o melhor amigo de Roberto e também amante de Lucia - os dois tiveram uma relação amorosa por sete anos. Após o rompimento, Roberto e Lucia encontram-se em uma mesa de bar e falam sobre o passado. A história é contada, portanto, de trás para frente, assim como no texto de Pinter - mas, em vez de se passar nos anos de 1978 a 1967, a peça percorre os anos de 2017 a 2007.
"Esse mecanismo de apresentar os fatos de frente para trás pode ser muito oportuno para o momento que estamos vivendo. As coisas estão ligadas, parece que hoje existe uma amnésia histórica, as narrativas são completamente fabricadas", relata Patricia. Ela lembra que, para narrar o enredo, também estão em cena vídeos assinados por Mauricio Casiraghi (de O casal Palavrakis), com imagens de episódios políticos e históricos marcantes de cada ano e também imagens dos próprios atores percorrendo a cidade.
Além disso, a peça utiliza a música como elemento sonoro e dramatúrgico com direito a guitarra e bateria em cena. No repertório, canções conhecidas e outras criadas especialmente para a montagem com muito blues e rock'n'roll. "O espetáculo é bastante sonoro, mas não estamos preocupados em sermos virtuosos. Na contemporaneidade há muito ruído nas nossas vidas, como encontrar silêncio dentro desse burburinho?", questiona Machado.
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