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- Publicada em 20 de Abril de 2017 às 16:47

Bunge e M. Dias Branco arrematam terminal de trigo no porto do Rio

Bunge tinha interesse nas instalações desde que obras desalojaram seu moinho do porto

Bunge tinha interesse nas instalações desde que obras desalojaram seu moinho do porto


VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
Com um lance de R$ 1,18 milhão, o consórcio Maravilha, formado pela Bunge e pela M. Dias Branco, arrematou, na semana passada, o contrato de arrendamento, por 25 anos, do terminal de trigo no porto do Rio de Janeiro, leiloado pelo governo federal na sede da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O preço mínimo fixado no edital era R$ 1,00.
Com um lance de R$ 1,18 milhão, o consórcio Maravilha, formado pela Bunge e pela M. Dias Branco, arrematou, na semana passada, o contrato de arrendamento, por 25 anos, do terminal de trigo no porto do Rio de Janeiro, leiloado pelo governo federal na sede da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O preço mínimo fixado no edital era R$ 1,00.
Os investimentos estimados no empreendimento, entre obras e equipamentos, são de R$ 93,1 milhões. A trading foi a única participante do leilão. De acordo com informações da Antaq, a área leiloada é de 13.453 metros quadrados. A movimentação mínima exigida no terceiro ano de contrato é de 682 mil toneladas. Esse volume deverá alcançar 918 mil toneladas no 20º ano.
O valor total do contrato é de R$ 515,8 milhões. A concessionária pagará R$ 35.699,64 por mês a título de arrendamento fixo e R$ 1,32 por tonelada de carga movimentada. Segundo fontes, a Bunge era a principal interessada em obter a área, depois que seu moinho, o Fluminense, foi desalojado das proximidades do porto para a construção do Porto Maravilha. A empresa aguardava o leilão havia pelo menos dois anos.
Em sua antiga instalação, bem próxima ao mar, o Moinho Fluminense triturava o trigo que chegava ao porto e que era transportado por meio de uma esteira rolante que passava sob o solo. Mas, por causa do projeto de revitalização da área portuária, a Bunge precisou sair do local e construiu um novo moinho em Duque de Caxias (RJ), inaugurado durante o ano passado.
Após a mudança, ficou faltando um local para armazenar o trigo e organizar seu transporte para a fábrica. Hoje, é preciso desembarcar o trigo direto nos caminhões. Isso pode causar transtorno, dependendo do horário de chegada dos navios.
Segundo fontes, o objetivo da Bunge, ao participar do leilão, era obter a área no porto para a instalação do armazém. Com isso, o transporte do trigo até o moinho poderá ser feito à noite, em horários com menos trânsito. Ele atenderá não só a seu negócio, mas também a outros moinhos instalados na região.

Processo de descentralização começará por Suape (PE), afirma o ministro

Porto de Pernambuco terá a gestão entregue para a Companhia Docas

Porto de Pernambuco terá a gestão entregue para a Companhia Docas


DANIEL MARENCO/DANIEL MARENCO/FOLHAPRESS/JC
O governo federal vai começar por Suape (PE) um processo de descentralização dos portos brasileiros. A administração será entregue à Companhia Docas, segundo informou o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa, após participar do leilão do terminal de trigo no porto do Rio de Janeiro.
A descentralização desmonta um processo de concentração ocorrido no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Nos próximos dias, o governo deverá também editar um decreto revendo um regulamento antigo, de número 8.033, informou o ministro.
A revisão da norma, iniciada por pressão do setor privado, vai desburocratizar procedimentos e também abrir a possibilidade de prorrogar contratos de arrendamento em portos. Essa mudança, porém, não vai se aplicar aos contratos anteriores a 1993.
O secretário da Coordenação de Projetos da Secretaria Especial do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), Tarcísio Gomes de Freitas, disse também, na semana passada, que o governo estuda a privatização das Companhias Docas, atualmente sob a administração do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.
"A primeira é a do Espírito Santo, essa é uma companhia interessante", afirmou Freitas, durante evento promovido pela Câmara Espanhola de Comércio, em São Paulo. Além da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), o ministério também é responsável por empresas semelhantes em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pará, entre outros Estados.
Quanto à modelagem dessa privatização, o representante do PPI avaliou que o governo ainda estuda a melhor maneira de conduzir esse processo. "Talvez seja algo semelhante à do setor elétrico", comentou Freitas.