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JC Logística

- Publicada em 19 de Abril de 2017 às 21:54

Grupo estudará soluções para a Transnordestina

Inauguração de parte do empreendimento, em maio de 2014, virou palco eleitoral para o governo petista

Inauguração de parte do empreendimento, em maio de 2014, virou palco eleitoral para o governo petista


VALEC/VALEC/DIVULGAÇÃO/JC
O governo federal criou um grupo de trabalho para estudar soluções para a ferrovia Transnordestina, cujas obras se arrastam há mais de 10 anos. O grupo terá de considerar "a revisão do cronograma do empreendimento por trechos, a atualização de valores e recursos públicos e privados, eventualmente necessários para realização de obras e intervenções no projeto".
O governo federal criou um grupo de trabalho para estudar soluções para a ferrovia Transnordestina, cujas obras se arrastam há mais de 10 anos. O grupo terá de considerar "a revisão do cronograma do empreendimento por trechos, a atualização de valores e recursos públicos e privados, eventualmente necessários para realização de obras e intervenções no projeto".
De acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), o grupo será composto por representantes dos ministérios do Planejamento e dos Transportes, Secretaria do Programa de Parceira de Investimentos, Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Companhia Siderúrgica Nacional, sócia privada na ferrovia, e Transnordestina Logística S.A., o braço da CSN responsável pelo projeto. O grupo terá 60 dias, prorrogáveis por igual período, para concluir os trabalhos.
Neste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) proibiu repasses de dinheiro público para a construção da Transnordestina, projetada para ligar o município de Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco. Pelo contrato de concessão, é necessário que a empresa realize os investimentos previstos em conjunto com o governo, mas isso não vinha ocorrendo, segundo o governo. A ferrovia está orçada em R$ 11,2 bilhões, dos quais R$ 6 bilhões já foram aportados, boa parte com dinheiro público.
Ao longo do percurso da ferrovia, podem ser observados sinais do abandono a que as obras foram relegadas. Há 200 vagões abandonados em diferentes pontos da Transnordestina - alguns carregado com materiais para a obras, como dormentes, outros vazios. Há trilhos abandonados nos trechos em que a obra foi interrompida, mato alto, estruturas de concreto rachando, passagens desgastadas pela erosão e máquinas que ficaram pelo caminho e estão sendo consumidas pela ferrugem.
A obras, com custo inicial de R$ 4,5 bilhões, já consumiram R$ 6,3 bilhões e tiveram o orçamento do projeto corrigido para atuais R$ 11,2 bilhões. A construção da Transnordestina começou em 2006 e, originalmente, deveria ficar concluída em 2010. No auge, chegou a empregar 11 mil operários, reduzidos atualmente a menos de mil, segundo a empresa, que tem a concessão da malha até 2057. A maioria, contudo, permanece em casa por causa da suspensão da obra. Os oito canteiros foram reduzidos a dois. A ferrovia está pronta nos trechos entre Missão Velha (CE), Paulistana (PI) e Custódia (PE).
 
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