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Empresas & Negócios

- Publicada em 17 de Abril de 2017 às 12:47

Brasil avança em conectividade

Objetivo é melhorar a posição do País em relação a outras nações

Objetivo é melhorar a posição do País em relação a outras nações


/Creativeart/FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
O brasileiro adora acessar as redes sociais, mas usar a internet do celular para assistir a vídeos, ouvir música e navegar livremente vai exigir não só disposição, como paciência nos próximos anos. Afetado pela crise econômica, o Brasil vai chegar em 2021 entre as últimas posições na corrida pela maior conectividade móvel. A constatação faz parte de uma pesquisa da Cisco, que revela que, em cinco anos, o usuário brasileiro vai consumir 4.201 megabytes (MB) por mês, número que o coloca à frente apenas de África do Sul e Índia em uma lista de 23 países.
O brasileiro adora acessar as redes sociais, mas usar a internet do celular para assistir a vídeos, ouvir música e navegar livremente vai exigir não só disposição, como paciência nos próximos anos. Afetado pela crise econômica, o Brasil vai chegar em 2021 entre as últimas posições na corrida pela maior conectividade móvel. A constatação faz parte de uma pesquisa da Cisco, que revela que, em cinco anos, o usuário brasileiro vai consumir 4.201 megabytes (MB) por mês, número que o coloca à frente apenas de África do Sul e Índia em uma lista de 23 países.
Para se ter uma ideia do abismo digital, a Coreia do Sul, a primeira do ranking, vai chegar em 2021 com consumo médio mensal por usuário de 23.892 MB. No levantamento, o Brasil fica atrás da vizinha Argentina, onde o consumo por pessoa será de 5.721 MB. Segundo especialistas, a crise no Brasil afetou a capacidade de investimento das empresas de telecomunicações e o poder de compra das famílias brasileiras. A qualidade, muito questionada pelos usuários, também aparece na lista como um dos fatores que travam o crescimento.
Assim, o País vai avançar menos nos próximos anos em comparação a outras nações. O Brasil, onde o consumo por pessoa hoje é de 878 MB mensal, terá alta de 37%, em média, a cada ano. No México, por exemplo, o avanço chegará a 43%, passando dos atuais 740 MB para 4.507 MB. O mesmo vai ocorrer em diversas nações da Europa, como França, Espanha e Reino Unido.
"Muitos desses países estão em um movimento diferente do Brasil, com a digitalização da economia, e a própria internet das coisas, que permite a conexão de carros e outros produtos à internet. O Brasil, por outro lado, tem um grau de exclusão alto. A crise afeta as empresas e a capacidade de pagamento das pessoas, que buscam planos mais baratos", diz Giuseppe Marrara, diretor de Relações Governamentais da Cisco Brasil.
Dessa forma, novas tecnologias vão atrasar. A adoção da rede 4,5G, que permite velocidade maior que a 4G, prevista para 2018 deve ficar para 2020, prevê a Huawei. "A crise adia muitos investimentos. Há uma relação entre a economia e a tecnologia. Na Europa, por exemplo, uma pessoa faz o download, em média, de nove aplicativos por ano. No Brasil, assim como em outros países em desenvolvimento, essa média é de dois aplicativos", destaca Kleber Faccipieri, gerente de Marketing da Huawei.
A atriz Sill Esteves conhece bem a velocidade lenta da internet no celular. Ela já ficou na mão várias vezes na mão. "Pela minha profissão, sempre preciso baixar vídeos para pesquisar algum personagem, ou para compartilhar nas redes sociais algum vídeo que tenha feito, mas geralmente só consigo fazer isso quando chego em algum lugar que tenha Wi-Fi."
Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm para a América Latina, diz que o Brasil está mal na qualidade. Ele lembra que o Brasil tem menos espectro alocado para a telefonia móvel do que recomenda a União Internacional de Telecomunicações (UIT). "Se juntar tudo que as empresas de telefonia móvel já compraram nos leilões chega-se a 844 megahertz. A UIT diz que o ideal é de 1.800 a 2.000 megahertz. Temos ainda um longo percurso no Brasil. Com a internet das coisas, será preciso mais rede. Apesar de termos 4G hoje, a maior parte dos usuários é 3G e 2G."
Mas a rede não é o único fator que explica o baixo volume de conexão móvel no Brasil. Hoje, diz a Anatel, órgão que regula o setor, 67% dos 243 milhões de linhas são de pré-pago. E, lembra Steinhauser, a maior parte desse contingente não usa internet o mês inteiro. "Ter um smartphone não significa acessar a internet, pois é preciso uma linha. Hoje, os usuários pré-pagos compram pacotes avulsos. Eles não têm internet o mês inteiro."
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