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Empresas & Negócios

- Publicada em 10 de Abril de 2017 às 11:34

Emprestar nome pode custar caro

Empresas & Negócios - dívida - aperto - divulgação kenteegardin via VisualHunt

Empresas & Negócios - dívida - aperto - divulgação kenteegardin via VisualHunt


/KENTEEGARDIN VIA VISUALHUNT/DIVULGAÇÃO/JC
Ajudar amigos ou parentes a pagar um dívida pode significar uma grande dor de cabeça. Nos últimos 12 meses até março, 17% dos consumidores que ficaram com nome sujo entraram na lista de inadimplentes ao pegar empréstimo para conhecidos, segundo levantamento do birô de crédito SPC Brasil. A boa vontade pode custar caro: só em 3,4% dos casos a dívida foi totalmente paga. Por outro lado, 41,2% dos que emprestaram o nome ficaram a ver navios e tiveram que arcar com o prejuízo -em média, de R$ 1.215,24.
Ajudar amigos ou parentes a pagar um dívida pode significar uma grande dor de cabeça. Nos últimos 12 meses até março, 17% dos consumidores que ficaram com nome sujo entraram na lista de inadimplentes ao pegar empréstimo para conhecidos, segundo levantamento do birô de crédito SPC Brasil. A boa vontade pode custar caro: só em 3,4% dos casos a dívida foi totalmente paga. Por outro lado, 41,2% dos que emprestaram o nome ficaram a ver navios e tiveram que arcar com o prejuízo -em média, de R$ 1.215,24.
Foi o caso da funcionária pública S.G.C., 41, de Cuiabá (MT), que pediu anonimato. Ela emprestou dinheiro para um amigo comprar um carro. A aquisição ocorreu, mas o amigo não fez seguro para o veículo, que foi roubado. O amigo, então, parou de pagar as prestações do veículo, e a funcionária pública foi incluída no cadastro de inadimplentes. Para limpar o nome, ela negociou um empréstimo em 36 vezes com a mesma financeira. "Para mim, não faz mais diferença, é uma pessoa que não pode mais contar comigo. Não vou mais emprestar o nome", diz.
Amigos são justamente os primeiros a contar com a solidariedade alheia, de acordo com o levantamento: 30,9% dos que emprestaram o nome tiveram problemas com esses colegas mais próximos. Mas a família também aparece "bem posicionada" no ranking: 21,8% dos "negativados" contraíram dívida para irmãos e irmãs, e 17,9%, para outros parentes. Pais e mães representam 11,7%. "A gente vê que sempre tem uma ligação emocional envolvida nesses empréstimos", diz Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil. "Quem empresta acaba não pensando direito e muitas vezes não sabe qual o valor gasto. Intimidade nessa hora pode fazer mal, tanto para quem pega emprestado quanto para quem empresta."
Antes de emprestar o nome, é preciso considerar alguns pontos, alertam especialistas. O primeiro deles é que a dívida é de quem toma o crédito, afirma Gustavo Gonçalves Gomes, sócio do escritório Siqueira Castro. "Não dá para transferir a dívida. Para o banco, o responsável pelo pagamento das parcelas é quem contratou o empréstimo", afirma. Isso significa que o inadimplente pode ser acionado judicialmente para pagar a dívida.
Uma forma de minimizar o dano é firmar um contrato com a pessoa para quem o consumidor vai repassar o dinheiro ou pegar alguma garantia, como veículo. Manter um distanciamento também ajuda. "Quem pediu o nome emprestado provavelmente está com o nome sujo na praça. Não adianta confiar em alguém que tem um histórico de que não consegue lidar com o próprio dinheiro", diz Kawauti.
Para não deixar o outro desassistido, há alternativas, sugere. O consumidor pode, por exemplo, ir ao supermercado e fazer compras para quem pede dinheiro ou tentar arrumar um emprego para essa pessoa. "Dar um cheque em branco não ajuda e ainda pode fazer você perder o amigo." Na pesquisa, 69% dizem que o relacionamento ficou abalado após o problema que levou ao nome sujo.
De olho no potencial do mercado de gerenciamento de contas, empresas começam a investir neste nicho. É o caso do Papelada, que, com menos de seis meses no mercado, conquistou mais de 8 mil usuários com um serviço que auxilia na organização das contas e do pagamentos e no controle de gastos. Disponível por aplicativo para smartphone ou via navegador, o Papelada funciona como uma caixa postal eletrônica de contas, boletos, impostos, multas, mensalidades escolares ou de planos de saúde e o que mais o usuário desejar.
Ao se cadastrar, a pessoa fornece o CPF e, automaticamente, o sistema adiciona à sua timeline todas as contas de emissores parceiros do papelada. Para documentos recebidos em papel, a ferramenta oferece uma funcionalidade de cadastro por foto que detecta o código de barras e armazena os dados do emissor no app. Para as faturas recebidas por email, a aplicação oferece a opção de abertura do boleto em PDF já no app, de forma que o usuário possa se beneficiar do fato de ter todas as faturas e demais documentos organizadas no papelada, acessível a qualquer momento e de onde estiver. Para não perder nenhum vencimento, o usuário receberá alertas das contas que precisa pagar e também das que já venceram.
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