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Política

- Publicada em 26 de Março de 2017 às 18:23

Em protesto esvaziado, grupos na Avenida Paulista poupam Temer e criticam Gilmar Mendes

Público presente na Avenida Paulista foi estimado em 10 mil pessoas pelos organizadores do ato

Público presente na Avenida Paulista foi estimado em 10 mil pessoas pelos organizadores do ato


Miguel SCHINCARIOL/AFP/JC
Estadão Conteúdo
Os grupos que lideraram as manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff voltaram às ruas nesse domingo (26), para defender a Operação Lava Jato e protestar contra a introdução da lista fechada com financiamento público eleitoral na reforma política. O público, porém, foi consideravelmente o menor de todos os atos que aconteceram na Avenida Paulista entre 2015 e 2016.
Os grupos que lideraram as manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff voltaram às ruas nesse domingo (26), para defender a Operação Lava Jato e protestar contra a introdução da lista fechada com financiamento público eleitoral na reforma política. O público, porém, foi consideravelmente o menor de todos os atos que aconteceram na Avenida Paulista entre 2015 e 2016.
Os políticos, que no ano passado disputaram os microfones, dessa vez não apareceram. Entre os poucos que se arriscaram no ato estavam o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) e o deputado Major Olímpio (SD-SP). Apesar de críticas pontuais, o presidente Michel Temer (PMDB) foi poupado, enquanto o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, foi criticado.
"Gilmar Mendes é uma vergonha nacional. Não está fazendo papel de juiz, mas de político", disse no microfone o advogado Luiz Flávio Gomes, líder do grupo Quero um Brasil ético. Os organizadores não fizeram ainda estimativas oficiais, mas parte deles fala em 10 mil pessoas. A PM não divulgou a quantidade de presentes.
Os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), além do senador Aécio Neves (PSDB-MG), também foram criticados. Eles são acusados por parte dos manifestantes de tentarem promover um acordo para salvar a classe política diante das relações da Odebrecht.
O público não é maior que um dia normal de domingo, quando a Paulista fica fechada aos carros. No trecho de maior concentração, em frente ao Masp, onde está o carro do Vem Pra Rua, o público não lota nem um quarteirão.
"Deve ter umas 10 mil pessoas aqui, o que não é uma derrota. O tema agora é mais técnico", disse Luiz Philippe Orleans de Bragança, trisneto da princesa Isabel e líder do Acorda Brasil.
No dia 13 de março do ano passado, o movimento atingiu seu ápice e reuniu 1 milhão de pessoas na Paulista, segundo os organizadores.
Líder do Vem Pra Rua, Rogério Chequer concorda que a pauta agora é mais complexa. "A pauta agora não é tão simples e binária como o Fora Dilma e o impeachment", afirma.
Os oito grupos que levaram carros de som para a Avenida Paulista convergiram sobre a defesa genérica da Lava Jato, o repúdio a qualquer tipo de anistia ao caixa 2, e contra a proposta de adotar lista fechada eleitoral com financiamento público. Mas existem algumas divergências. O NasRuas adotou lema "Armas pela vida" e espalhou faixas contra o estatuto do desarmamento.
Os "intervencionistas ", por sua vez, defenderam a intervenção dos militares e os monarquistas pediram a volta da família real ao poder.
O MBL, como de costume, aproveitou para promover seus líderes e potenciais candidatos em 2018. Camisetas e faixas com o nome a imagem de Kim Kataguiri foram colocadas em pontos estratégicos.
Em um discurso para um público esvaziado, o vereador Fernando Holiday (DEM-SP), coordenador nacional do MBL, focou críticas contra os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e o PT. "O lugar de Lula não é no palanque. É na cadeia. Lula foi o chefe de quadrilha mais poderoso do país", disse. Segundo ele, Dilma não pode mais ostentar o título de mulher honrada. "Ela sabia das doações da Odebrecht", afirmou.
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