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Partidos

- Publicada em 26 de Março de 2017 às 22:11

Líderes do PMDB querem reeleição de Sartori

Na convenção da sigla, José Ivo Sartori foi estimulado pela militância a concorrer novamente ao Piratini

Na convenção da sigla, José Ivo Sartori foi estimulado pela militância a concorrer novamente ao Piratini


Vinicius Reis/DIVULGAÇÃO/JC
Além de escolher por aclamação o deputado federal Alceu Moreira (PMDB) para a presidência do PMDB gaúcho, os peemedebistas discutiram na convenção estadual do partido, realizada neste sábado, nomes e estratégias para as eleições de 2018. Algumas lideranças pediram a candidatura à reeleição do governador José Ivo Sartori (PMDB) no ano que vem. Outras se colocaram à disposição para disputar as duas vagas ao Senado no próximo pleito.
Além de escolher por aclamação o deputado federal Alceu Moreira (PMDB) para a presidência do PMDB gaúcho, os peemedebistas discutiram na convenção estadual do partido, realizada neste sábado, nomes e estratégias para as eleições de 2018. Algumas lideranças pediram a candidatura à reeleição do governador José Ivo Sartori (PMDB) no ano que vem. Outras se colocaram à disposição para disputar as duas vagas ao Senado no próximo pleito.
Diante de uma plateia lotada com militantes de todo o Estado - que se aglomeravam até nos corredores do auditório da Associação dos Auditores Fiscais da Receita Municipal de Porto Alegre -, pelo menos três nomes expressivos defenderam que Sartori dispute mais uma vez o comando do Palácio Piratini: o ex-governador Germano Rigotto; o secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes; e o deputado estadual Edson Brum.
Olhando para o presidente eleito, Rigotto disse ter certeza que "Alceu vai lançar uma boa nominata de deputados estaduais e federais". E prosseguiu: "Não podemos cometer o mesmo erro de outras eleições e deixar para escolher os candidatos no ano eleitoral. Não, o ano é agora. E, para o governo do Estado, Sartori é o nosso candidato natural". O ex-governador foi ovacionado. A militância exibia uma faixa com a inscrição "A grande virada é Sartori 2018".
Feltes lembrou das medidas que o Piratini tem tomado para superar a crise financeira - corte de gastos, ajuste fiscal, renegociação da dívida etc. Em seguida, criticou o governo Tarso Genro (PT, 2011-2014) por ter sido "o mais irresponsável na gestão dos recursos públicos".
"Os problemas do Rio Grande do Sul não vão se resolver logo ali adiante. Vai precisar, sim, da repetição de governos. As medidas do governo Sartori são necessárias para superar a crise", completou o secretário da Fazenda, bastante aplaudido.
Brum falou que "o povo gaúcho está se conscientizando sobre a necessidade das medidas do Sartori". E arrematou: "Os gaúchos querem a reeleição do governador José Ivo Sartori". Embora o governador tenha assumido um tom mais eleitoral que o de costume nos seus discursos - destacando realizações da sua gestão e as comparando com a administração anterior -, ele disse que "não é o momento de discutir reeleição, pois agora é hora de discutir a vida partidária".
Sartori lembrou que, quando assumiu o governo, a projeção de déficit no Estado era de R$ 20 bilhões em 2018. "Mas, graças às medidas de ajuste fiscal, ao corte de gastos e às repatriações do governo federal, vamos chegar no final do governo com R$ 8 bilhões de déficit. Se não houvesse crise, poderíamos terminar com déficit zero."
"Também fizemos a reforma da Previdência aqui no Estado, regularizamos as dívidas com os hospitais e asfaltamos estradas, mais que no governo anterior. Cito isso para mostrar que nossa administração também teve realizações", concluiu o governador. 
Ao assumir a presidência do PMDB, Alceu Moreira sustentou que o partido precisa construir uma alternativa de centro no espectro político brasileiro. Para ele, o PMDB tem que defender o "uso do capital com responsabilidade social".

Germano Rigotto se lança à presidência da República

Germano Rigotto

Germano Rigotto


CLAITON DORNELLES/JC
O ex-governador Germano Rigotto (PMDB) colocou seu nome à disposição do partido para concorrer à presidência da República em 2018. Para Rigotto, faz parte do trabalho do novo presidente estadual da sigla, deputado federal Alceu Moreira, "garantir que nada impeça que o PMDB tenha candidato ao Palácio do Planalto". "O candidato natural é o presidente Michel Temer, mas, se ele não quiser, vou para a briga", falou durante seu pronunciamento, arrancando gritos efusivos da plateia. Em 2006, o ex-governador do Rio Grande do Sul disputou as prévias da sigla para concorrer a presidente, mas acabou derrotado por Anthony Garotinho (na época, PMDB; hoje, PR). Rigotto lembrou que, na ocasião, percorreu o Brasil durante 20 dias na tentativa de emplacar seu nome como candidato, mas, embora tenha feito um número maior de votos nas prévias, perdeu, porque a média ponderada deu peso diferenciado aos estados e um valor maior aos votos de governadores, senadores e deputados federais e estaduais entre os 22 mil que podiam votar.

Pelo menos três lideranças são cotadas ao Senado

Pelo menos duas lideranças do PMDB gaúcho estão dispostas a concorrer às duas vagas ao Senado nas eleições de 2018. Um deles é o deputado estadual Edson Brum, que, durante discurso na convenção estadual da sigla, neste sábado, deixou o nome à disposição.
"Em princípio, serei candidato a deputado estadual em 2018, mais uma vez. Mas, se vocês me quiserem, concorro ao Senado nas próximas eleições", cogitou, olhando para os militantes, que o ovacionavam.
Outro peemedebista interessado em concorrer a senador é o ex-presidente do PMDB Ibsen Pinheiro, que transmitiu o cargo para o novo comandante do partido no Estado, Alceu Moreira. Em entrevista ao Jornal do Comércio, Ibsen afirmou que só pretende concorrer a cargos majoritários de agora em diante. "Se o partido quiser que eu concorra ao Senado, eu vou", disse.
Embora tenha se lançado à presidência da República, o ex-governador Germano Rigotto também é cotado para concorrer a senador.
Durante a convenção, enquanto Rigotto fazia elucubrações sobre os possíveis candidatos ao Senado em 2018, a presidente do PMDB Mulher do Rio Grande do Sul, Regina Perondi, gritou o nome do marido, o deputado federal Darcísio Perondi, como um possível concorrente.