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Política

- Publicada em 24 de Março de 2017 às 17:47

Cinco ex-diretores da Eletronuclear viram réus pela segunda vez na Lava-Jato

Cinco ex-diretores da Eletronuclear viraram réus nesta sexta-feira por lavagem de R$ 2,3 milhões. A denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) foi aceita pelo juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas. Esse é o segundo processo a que os ex-diretores vão responder no âmbito da Operação Lava-Jato. Os réus já estão presos preventivamente em Bangu 8 desde a deflagração da Operação Pripyat, em julho do ano passado. O Ministério Público Federal (MPF) acusa o grupo de movimentar e dissimular a origem de recursos destinados às obras da usina de Angra 3
Cinco ex-diretores da Eletronuclear viraram réus nesta sexta-feira por lavagem de R$ 2,3 milhões. A denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) foi aceita pelo juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas. Esse é o segundo processo a que os ex-diretores vão responder no âmbito da Operação Lava-Jato. Os réus já estão presos preventivamente em Bangu 8 desde a deflagração da Operação Pripyat, em julho do ano passado. O Ministério Público Federal (MPF) acusa o grupo de movimentar e dissimular a origem de recursos destinados às obras da usina de Angra 3
Além dos ex-diretores, dois sócios da VW Refrigeração também viraram réus por crimes de lavagem de dinheiro. O MPF acusa o grupo de movimentar e dissimular a origem de recursos destinados às obras da usina de Angra 3. De acordo com as investigações, foram usados ao menos 27 saques não identificados e depósitos entre 2010 e 2016 nas contas dos executivos, que já foram denunciados antes por corrupção e lavagem.
A nova denúncia aconteceu porque o MPF descobriu que o esquema de lavagem de dinheiro entre a construtora Andrade Gutierrez e a VW Refrigeração é maior do que tinha sido investigado até então. Essa é a segunda denúncia da Pripyat, primeira operação da força-tarefa da Lava-Jato no Rio. A primeira foi em julho do ano passado, quando 15 pessoas passaram a responder a uma ação penal rés, entre elas os cinco ex-dirigentes da Eletronuclear. Ex-presidente da empresa, o almirante Othon Silva foi condenado a 43 anos em outro processo, também por receber propina nas obras de Angra 3.
Tornaram-se réus nesta sexta-feira são o ex-superintendente de construção da Eletronuclear José Eduardo Costa Mattos, os ex-diretores Edmo Negrini (Administração e Finanças), Luiz Soares (Dir. Técnico), Luiz Messias (Superintendência de Gerenciamento de Empreendimentos) e Pérsio José Gomes Jordani (Planejamento, Gestão e Meio Ambiente). Além deles, vão responder ao processo os empresários Marco Aurélio Barreto e Marco Aurélio Vianna, da VW Refrigeração.
Por meio de dados bancários dos gestores da Eletronuclear e da VW Refrigeração, que teria Costa Mattos como "sócio oculto", o MPF rastreou os repasses de propina para os outros ex-diretores, que variam entre R$ 706,5 mil (Luiz Soares) e R$ 446,9 mil (Luiz Messias). Nesses quatro casos, ficou evidente, segundo os procuradores, a correspondência entre operações de pagamento e os saques das contas da VW Refrigeração, cujo único serviço prestado à Eletronuclear foi uma vistoria (e seu relatório) nas centrais de gelo do canteiro de obras da usina. A vistoria durou poucos dias e o ajuste fictício fixara mais de quatro anos de serviço.
"Após a realização do acerto de pagamento de vantagem indevida, os gestores da Eletronuclear arquitetaram junto aos executivos da Andraxde Gutierrez um esquema de ocultação da origem espúria dos valores, pela celebração de contratos de fachada com a empresa VW Refrigeração, que simularam prestação de serviços que jamais ocorreram efetivamente.. Isso posto, os delitos de lavagem de capitais imputados na presente denúncia tiveram como antecedentes os crimes de corrupção ativa e corrupção passiva praticados por executivos da Andrade Gutierrez e por funcionários da Eletronuclear no bojo dos contratos de construção civil da Usina de Angra 3", escreveram os procuradores na denúncia.
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