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operação lava jato

- Publicada em 23 de Março de 2017 às 17:23

PF deverá ouvir Renan, Jucá, Sarney e Machado

O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), deu encaminhamento a uma ordem para que a Polícia Federal (PF) interrogue os senadores Romero Jucá (PMDB-RO) e Renan Calheiros (PMDB-AL), bem como o ex-presidente José Sarney (PMDB-AL) e o ex-presidente da Transpetro (subsidiária da Petrobras) Sérgio Machado.
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), deu encaminhamento a uma ordem para que a Polícia Federal (PF) interrogue os senadores Romero Jucá (PMDB-RO) e Renan Calheiros (PMDB-AL), bem como o ex-presidente José Sarney (PMDB-AL) e o ex-presidente da Transpetro (subsidiária da Petrobras) Sérgio Machado.
Os quatro são alvos de inquérito no STF, aberto em fevereiro, no qual são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de tentarem barrar ou atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
Os interrogatórios já haviam sido autorizados por Fachin em fevereiro, mas, em despacho datado da última segunda-feira, o ministro enviou os autos à PF para que dê prosseguimento à determinação.
Fachin ordenou ainda que seja colhido, nas companhias aéreas, o registro de todas as passagens aéreas emitidas e utilizadas por Sérgio Machado no período entre 1 de dezembro de 2015 e 20 de maio de 2016.
O ministro deixou indefinido, entretanto, o cumprimento de uma terceira medida que havia autorizado em fevereiro, a pedido da PGR: que fosse apurado no STF todos os registros de acesso do advogado Eduardo Antônio Lucho Ferrão às dependências da Corte, em Brasília.
Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Ferrão foi o interlocutor incumbido por Sarney e Renan de tentar influenciar o ministro Teori Zavascki, então relator da Lava Jato no STF, a limitar o alcance da operação.
A indefinição ocorre devido a um pedido feito pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que Fachin reconsidere a providência. A entidade argumentou que a diligência solicitada pela PGR viola as prerrogativas constitucionais da advocacia.
Para a OAB, é irrelevante para a investigação quantas visitas ou audiências foram feitas pelo advogado no STF. "Se o fez, e quantas vezes o fez, estava no desempenho de seu exercício profissional, cuja lei de regência assegura seu livre ingresso e permanência em qualquer órgão publico", diz o texto da entidade. Sobre esse ponto, Fachin escreveu em seu despacho que ainda irá se manifestar.
 

Senador falou em 'acordo nacional' para 'estancar a sangria'

Divulgação da conversa provocou queda de Jucá do Planejamento

Divulgação da conversa provocou queda de Jucá do Planejamento


JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO/JC
Aberto em fevereiro, o inquérito contra os políticos e o ex-presidente da Transpetro teve como base o acordo de delação premiada de Sérgio Machado e conversas gravadas entre ele e os outros envolvidos. As gravações foram divulgadas em 2016 quando Romero Jucá (PMDB) era ministro do Planejamento do governo de Michel Temer (PMDB), após a retirada do sigilo do conteúdo das delações de Machado. Em uma das conversas, Jucá cita um suposto "acordo nacional" para "estancar a sangria". O peemedebista deixou o governo com a repercussão dos diálogos.
O advogado de José Sarney e Jucá, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, classificou de "absurda" a decisão do STF de abrir o inquérito com base em uma "gravação espúria", mas disse que, uma vez instaurada a investigação, "é absolutamente normal a oitiva dos envolvidos". Em nota, Renan disse que "todos os depoimentos necessários serão prestados". Segundo o senador, informações e dados solicitados pela Justiça serão "disponibilizados espontaneamente". Para ele, esta etapa do processo "será importante para dirimir quaisquer dúvidas sobre sua conduta".