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Operação Lava Jato

- Publicada em 21 de Março de 2017 às 18:40

Pedidos de Janot chegam ao gabinete de Fachin

Edson Fachin é relator da Lava Jato no STF

Edson Fachin é relator da Lava Jato no STF


SCO/STF/JC
Uma semana depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) 83 pedidos de abertura de inquérito a partir dos acordos de colaboração premiada de 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht, a papelada chegou, na tarde de ontem, ao gabinete do ministro do STF Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava Jato no STF.
Uma semana depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) 83 pedidos de abertura de inquérito a partir dos acordos de colaboração premiada de 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht, a papelada chegou, na tarde de ontem, ao gabinete do ministro do STF Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava Jato no STF.
Os papéis foram transportados em um carrinho por dois servidores da Corte, acompanhados pela secretária judiciária do STF, Patrícia Pereira de Moura Martins. O material enviado por Janot esteve guardado nos últimos dias no terceiro andar do edifício-sede do STF, na mesma sala onde estavam as delações da Odebrecht antes de serem homologadas pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia.
Para chegar ao terceiro andar do edifício anexo, os servidores optaram pelo elevador privativo da garagem, usando uma área de acesso restrito onde a presença da imprensa é proibida. Enquanto a papelada era transportada nos corredores da Suprema Corte, Fachin participava da sessão de julgamento da Segunda Turma do STF.
Antes de chegarem ao relator, os papéis tiveram de passar por três etapas prévias: o protocolo, a atuação e a distribuição. Na quinta-feira passada, eles começaram a ser distribuídos, eletronicamente, ao ministro Fachin.
A decisão do Supremo foi esperar para enviar todos os 320 pedidos do procurador-geral da República de uma só vez, entre inquéritos e petições. Por ora, devido ao sigilo dos conteúdos, nem mesmo as iniciais dos investigados estão presentes no sistema do Supremo.
A maioria dos inquéritos - 64 - tem um único investigado. São 16 inquéritos com dois investigados. Há dois inquéritos com três investigados. O inquérito que tem mais investigados é o de número 4.437, com cinco alvos. Estes números se referem apenas ao Supremo e não incluem os inquéritos que serão abertos em outras instâncias. A Procuradoria-Geral da República (PGR) não confirma o número exato de investigados.
Janot pediu para investigar ao menos seis ministros da gestão de Michel Temer (PMDB). São eles: Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil; Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência; Gilberto Kassab (PSD), das Comunicações; Bruno Araújo (PSDB), das Cidades; Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), das Relações Exteriores; e Marcos Pereira (PRB), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Além desses, o nome do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), foi citado pelo jornal Valor Econômico como um dos integrantes. 
Também são alvos de inquéritos enviados ao STF os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), além dos senadores peemedebistas Edison Lobão, Romero Jucá e Renan Calheiros; e dos tucanos Aécio Neves e José Serra.
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o ministro Edson Fachin será "absolutamente criterioso" ao analisar os pedidos de Janot.

Blairo Maggi afirma que nunca teve contato com empreiteira Odebrecht

Maggi defende retirada do sigilo sobre pedidos de investigação

Maggi defende retirada do sigilo sobre pedidos de investigação


ABR/JC
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), negou qualquer envolvimento em irregularidades apuradas na Operação Lava Jato. Seu nome foi citado pelo jornal Valor Econômico como um dos 83 que integram a lista do Procurador-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, com 83 pedidos de inquéritos baseados nas 78 delações dos ex-executivos da empreiteira Odebrecht dadas ao Ministério Público Federal (MPF).
"A chance de eu estar nesse negócio é zero. Zero não, menos um (abaixo de zero)", disse Blairo Maggi durante uma visita a um frigorífico da Seara em Lapa, no Paraná. "Nunca tive contato com a Odebrecht. Conheci, quando era senador pelo Mato Grosso, um rapaz chamado Paulo Lins, da concessionária Rota do Oeste. Ele me procurou para falar das dificuldades da concessão." 
O Mato Grosso, um dos maiores produtores de soja do mundo, depende das obras dessa rodovia para garantir o escoamento da produção. Blairo Maggi afirmou que, durante seu mandato como senador, sempre recebeu todos e que se preocupa com as questões relacionadas a seu estado.
Maggi defendeu o fim do sigilo da lista dos pedidos de investigação de Rodrigo Janot. "Precisa ser retirado imediatamente. Assim acaba logo com isso, e quem não está lá não sofre bulllying."