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Política

- Publicada em 15 de Março de 2017 às 18:35

Protestos contra reformas tomam ruas no País

Em São Paulo, avenida Paulista foi fechada; transporte foi interrompido em Belo Horizonte e Rio de Janeiro

Em São Paulo, avenida Paulista foi fechada; transporte foi interrompido em Belo Horizonte e Rio de Janeiro


Ricardo Stuckert/INSTITUTO/FOTOS PÚBLICAS/DIVULGAÇÃO/JC
Os protestos contra a reforma da Previdência proposta pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB) levaram milhares de pessoas às ruas de todo o País ontem, com mobilizações em diversas capitais. As mudanças nas leis trabalhistas, propostas pelo governo federal, também foram alvo das críticas.
Os protestos contra a reforma da Previdência proposta pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB) levaram milhares de pessoas às ruas de todo o País ontem, com mobilizações em diversas capitais. As mudanças nas leis trabalhistas, propostas pelo governo federal, também foram alvo das críticas.
A interrupção de serviços de transporte público e o bloqueio de vias causaram congestionamentos em várias cidades brasileiras. Algumas escolas também fecharam as portas.
Em São Paulo, os metroviários pararam parte das linhas e motoristas de ônibus só voltaram ao trabalho na parte da manhã, após horas de paralisação. Os protestos causaram lentidão acima da média no trânsito da cidade. A prefeitura de São Paulo estima que 2,5 milhões de pessoas tenham sido afetadas pela paralisação.
Por volta das 17h, manifestantes já fechavam os dois sentidos da avenida Paulista na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Foram ao protesto grupos como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou ao final do ato, em São Paulo, e disse que "está ficando cada vez mais claro que o golpe dado nesse país não foi apenas contra a Dilma", mas também para "acabar com as conquistas da classe trabalhadora ao longo de anos". "Quem pensa que o povo está contente está errado", afirmou. "Esse povo só vai parar quando eles elegerem um pesidente democraticamente." No discurso de oito minutos, o ex-presidente partiu para a oposição frontal a Temer. Para ele, o atual presidente deveria ser "diretor de associação comercial" e duas vezes chamou o atual governo de ilegítimo. Lula disse que, "em vez de fazer uma reforma para tirar direitos, gerem emprego, façam a economia rodar."
No Rio de Janeiro, as visitas no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste, ficaram suspensas porque os agentes penitenciários aderiram à greve geral. Os professores também aderiram à paralisação e aproveitaram para protestar também contra a PEC do Teto, o Escola sem Partido e a reforma do Ensino Médio, sancionada por Temer. O Sindicato dos Bancários informou que mais de 60 agências bancárias foram fechadas no Centro do Rio de Janeiro, área que concentra o maior número de bancos.
Em Belo Horizonte, além dos metroviários, também pararam as atividades professores, petroleiros, e parte dos servidores públicos municipais e estaduais. Em Curitiba, os ônibus também não circularam pela manhã.
Houve protestos ainda em Brasília, organizados pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, Nova Central, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, União Geral dos Trabalhadores e Conlutas.
Em Salvador, escolas paralisaram as atividades nesta quarta-feira. Algumas unidades vão manter a paralisação por 10 dias, segundo a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do estado da Bahia, Elza Melo.
Em Recife, o metrô funcionou apenas nos horários de pico. Em Fortaleza, houve paralisação de motoristas e cobradores, e passageiros desceram dos veículos para aderir ao ato contra a reforma da Previdência. O protesto levou cerca de 500 pessoas às ruas em São Luís, no Maranhão.
 
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