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Política

- Publicada em 06 de Março de 2017 às 22:21

Proibição a parcelamento de salários é rejeitada

Nagelstein (de costas) entrou em conflito com o público nas galerias, que chamou de 'massa de manobra'

Nagelstein (de costas) entrou em conflito com o público nas galerias, que chamou de 'massa de manobra'


CMPA/DIVULGAÇÃO/JC
Carlos Villela
Em votação apertada, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre manteve o veto do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) ao projeto de lei que impedia o parcelamento dos salários de servidores públicos municipais. A matéria, de autoria dos vereadores Fernanda Melchionna e Alex Fraga, ambos do PSOL, havia sido vetada integralmente pelo prefeito com o argumento de que seria inconstitucional. Após um dia de discussões e ânimos acirrados, o veto, cuja votação estava na pauta do dia 2 e foi postergada para ontem, foi mantido com 17 vereadores votando favoravelmente e 16 contrários.
Em votação apertada, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre manteve o veto do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) ao projeto de lei que impedia o parcelamento dos salários de servidores públicos municipais. A matéria, de autoria dos vereadores Fernanda Melchionna e Alex Fraga, ambos do PSOL, havia sido vetada integralmente pelo prefeito com o argumento de que seria inconstitucional. Após um dia de discussões e ânimos acirrados, o veto, cuja votação estava na pauta do dia 2 e foi postergada para ontem, foi mantido com 17 vereadores votando favoravelmente e 16 contrários.
As galerias da Casa estavam lotadas de funcionários do município e representantes do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), que protestavam pela derrubada do veto. Parte do público presente virou as costas durante os discursos dos vereadores João Carlos Nedel (PP) e Valter Nagelstein (PMDB).
Nagelstein rebateu as críticas de quem o acusou de fascista dizendo que a postura dos manifestantes que era totalitária e que eles eram "massa de manobra" de partidos de esquerda, o que levou a desentendimentos. Além disso, o vereador, de origem judaica, criticou em pronunciamento o fato de ter sido chamado de nazista por uma manifestante.
O líder do governo na Câmara, Claudio Janta (SD), também foi bastante vaiado e chamado de "pelego" ao defender a manutenção do veto, argumentando que a aprovação do projeto poderia abrir precedente para que nenhum salário fosse pago caso o caixa do município não tivesse fundos para isso.
Além dos atritos entre municipários e vereadores a favor da manutenção do veto, houve uma tensão entre os próprios vereadores no plenário. Em discurso na tribuna, o vereador Cassiá Carpes (PP) fez críticas aos manifestantes e ao PDT, afirmando ao vereador Mauro Zacher que o partido dele e do ex-prefeito José Fortunati havia quebrado a prefeitura. Zacher se aproximou da tribuna e ambos discutiram aos gritos, e a polêmica teve prosseguimento após Cassiá falar para o pedetista "eu conheço teu passado". Após terminar sua fala, o vereador foi criticado por alguns colegas. André Carús (PMDB) disse a Cassiá que o PP fez parte da administração passada e que ele havia feito uma ofensa pessoal a Zacher, e Idenir Cecchim (PMDB) comentou que a fala de Cassiá poderia fazer com que não houvesse maioria para votar pela manutenção do veto, o que acabou não acontecendo.
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