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Política

- Publicada em 06 de Março de 2017 às 18:11

Tensão na espera por lista de Rodrigo Janot

Procurador fala em aperfeiçoamento no combate à corrupção

Procurador fala em aperfeiçoamento no combate à corrupção


AFP/JC
É grande a tensão e expectativa entre políticos quanto à nova lista com pedidos de abertura de inquérito que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve entregar nesta semana ao Supremo Tribunal Federal (STF). 
É grande a tensão e expectativa entre políticos quanto à nova lista com pedidos de abertura de inquérito que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve entregar nesta semana ao Supremo Tribunal Federal (STF). 
No domingo, o jornal Folha de S.Paulo noticiou que serão alvos de pedidos, pelo menos, dois ministros do presidente Michel Temer (PMDB), os peemedebistas Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), e os senadores Aécio Neves (PSDB), José Serra (PSDB) e Renan Calheiros (PMDB).
A lista tem como base a delação de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht. Existe ainda a possibilidade de a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir desmembramento para instâncias inferiores para casos de outros políticos citados nas delações, mas que não têm foro privilegiado, como os ex-presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT.
Em evento ontem no Rio de Janeiro, Janot não comentou o assunto. Ele participou da abertura do "Seminário de Cooperação Franco-Brasileira sobre Combate ao Tráfico de Entorpecentes", promovido pela Secretaria de Cooperação Internacional do Ministério Público Federal, em parceria com a Embaixada da França no Brasil e o Ministério Público do Estado. Na saída, procurado por jornalistas, preferiu não responder às perguntas sobre a lista.
Em meio à grande ofensiva que prepara contra pelo menos 170 políticos - entre deputados, senadores e ex-parlamentares - citados em mais de 900 depoimentos de 77 delatores da empreiteira Odebrecht, Rodrigo Janot contabiliza, em dois anos de Operação Lava Jato, um acervo de 20 denúncias criminais no STF, além do pedido de abertura de 28 inquéritos envolvendo 55 investigados.
Para Janot, os números desses dois anos de investigação perante o STF demonstram "o aperfeiçoamento do Ministério Público Federal no combate à corrupção". "Não só avançamos nessa área temática, com desenvolvimento de técnicas de investigação e definição de estratégias, como tivemos mais agilidade nos trâmites dos processos de pessoas com prerrogativa de foro", disse.
O procurador também destaca a importância da cooperação internacional para aprofundar as investigações do esquema de desvio de recursos públicos, grande parte deles enviada para contas no exterior.
Nesses dois anos, também foram pedidos sete arquivamentos e alguns declínios de atribuição para outros tribunais. A atuação foi motivada pelo envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro citadas em depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do operador financeiro Alberto Youssef. Segundo a procuradoria, com o aprofundamento das investigações, foram descobertos fatos novos e surgiram mais envolvidos, com a abertura de outros nove inquéritos. Desde então, no total, foram apresentadas 20 denúncias com 59 acusados - sem repetição de nomes -, sendo que só em cinco casos houve recebimento pela Suprema Corte.
Nem todos foram novamente autuados como ações penais, e dois deles já foram remetidos para a Justiça Federal na 1ª instância por envolverem o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que perdeu a prerrogativa de foro perante o STF. Outros seis inquéritos foram arquivados e, em dois anos, também foram realizadas seis operações a pedido do procurador-geral da República - sendo três em 2015; duas em 2016; e uma em 2017.
Houve a celebração de 49 acordos de colaboração premiada homologados perante o STF.
 
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