No dia 15 de março é celebrado no Brasil o Dia do Consumidor. No consumo, o ato de comprar está diretamente relacionado à necessidade ou à sobrevivência. Já quando se trata de consumismo, essa relação está rompida, ou seja, a pessoa não precisa necessariamente daquilo que está adquirindo.
Consumir é, antes de tudo, comprar. É despender parcela econômica de capital para adquirir uma coisa. Esse hábito vem sendo discutido por muitos autores em suas origens e proporções. Alguns estudiosos enfatizam a importância da publicidade na construção da obsessão pelo ato de comprar. Outros autores destacam a vinculação histórica da possibilidade de compra à vida boa, riqueza e saúde. De certa forma, o consumismo define a relação de quebra entre a ação de comprar e a necessidade do que está sendo adquirido.
Falar de consumo nos remete a investigar a cultura. Pode-se viver sem produzir, mas dificilmente sem consumir. Sabemos disso. Estamos submetidos às culturas do consumo material, midiático e simbólico (prazer, sucesso, felicidade). O consumo implica em comunicar, pertencer, participar, estabelecer vínculos e sociabilidades, estar em rede, buscar e ter visibilidade. O meu estilo de vida corresponde a um modo de compra e consumo particular e único.
Pensando de forma abrangente, consumir é um processo decisório. Claro, pois ele envolve desde influências dos ambientes, diferenças individuais, estratégias de marketing e processos psicológicos. Essa decisão, que ativa ou não o processo de compra, é regida pelos nossos desejos e o despertar das necessidades. Estes desejos podem permanecer armazenados na memória e sua execução, deixada para mais tarde, ou serem imediatistas. Aí entra a estimulação que, vinda do meio, pode levar a uma motivação. Se elas forem reforçadoras, a nossa motivação será maior. Afinal, o ato de comprar nos gera uma emoção. Sentimentos de alegria, de poder, de ansiedade, insegurança ou até medo nos invadem.
Gerente de Recursos Humanos da Rakuten Digital Commerce