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Opinião

- Publicada em 03 de Março de 2017 às 16:20

Varejistas no enfrentamento da crise

Impulsionada pela recessão econômica que se arrasta desde meados de 2014, a recuperação judicial deixa de ser uma alternativa de uso quase que exclusivo da indústria e invade com força o comércio varejista. À frente dessa mudança no perfil das empresas que postulam a recuperação judicial estão algumas gigantes do varejo nacional como a loja de brinquedos Bmart, o grupo GEP, dono das lojas Cori e Luigi Bertolli, e a Barred's, empresa do ramo de confecções. Na região Sul do País reforçam esta lista as empresas do Grupo Volpato e, mais recentemente, a Digimer Produtos de Informática. Em comum, estas empresas têm dentre os seus maiores credores bancos e shopping centers. Bancos porque empresas do varejo necessitam de capital de terceiros para crescer, invariavelmente empréstimos bancários. Para assegurar o cumprimento das obrigações assumidas, os bancos exigem garantias, como a cessão de direitos creditórios futuros sobre vendas efetuadas através de cartões. Segundo Ângelo Coelho e Paulo Mazzardo, especialistas em recuperação judicial, essa operação que garante aos bancos o adimplemento do contrato, por via transversa, impede o acesso da empresa ao produto de suas vendas, que atualmente são quase que exclusivamente através de cartões de débito e crédito. Essas operações provocam o engessamento da empresa, o que tem motivado crescentes pedidos de recuperação judicial. Rearranjos societários também têm sido utilizados como alternativa aos entraves sofridos pelos varejistas. Já o endividamento com os shopping centers é atribuído aos altos encargos.
Impulsionada pela recessão econômica que se arrasta desde meados de 2014, a recuperação judicial deixa de ser uma alternativa de uso quase que exclusivo da indústria e invade com força o comércio varejista. À frente dessa mudança no perfil das empresas que postulam a recuperação judicial estão algumas gigantes do varejo nacional como a loja de brinquedos Bmart, o grupo GEP, dono das lojas Cori e Luigi Bertolli, e a Barred's, empresa do ramo de confecções. Na região Sul do País reforçam esta lista as empresas do Grupo Volpato e, mais recentemente, a Digimer Produtos de Informática. Em comum, estas empresas têm dentre os seus maiores credores bancos e shopping centers. Bancos porque empresas do varejo necessitam de capital de terceiros para crescer, invariavelmente empréstimos bancários. Para assegurar o cumprimento das obrigações assumidas, os bancos exigem garantias, como a cessão de direitos creditórios futuros sobre vendas efetuadas através de cartões. Segundo Ângelo Coelho e Paulo Mazzardo, especialistas em recuperação judicial, essa operação que garante aos bancos o adimplemento do contrato, por via transversa, impede o acesso da empresa ao produto de suas vendas, que atualmente são quase que exclusivamente através de cartões de débito e crédito. Essas operações provocam o engessamento da empresa, o que tem motivado crescentes pedidos de recuperação judicial. Rearranjos societários também têm sido utilizados como alternativa aos entraves sofridos pelos varejistas. Já o endividamento com os shopping centers é atribuído aos altos encargos.
Cada vez mais os empresários têm partido para a negociação de valores através do fomento do debate público com as redes de shopping centers. Todavia, por cautela, e tendo em vista que a negociação particular tem alcançado melhores resultados, recomenda-se que a via eleita seja pela negociação em caráter privado, sem a exposição de outros interessados. A recuperação judicial de empresas desse perfil tem exigido dos administradores e das bancas de advocacia planos de soerguimento sofisticados, que começam bem antes do pedido de recuperação judicial e medidas preparatórias, não só para ajustar o tamanho das empresas à atual demanda de consumo do País, como medidas técnicas para a manutenção das atividades, prevenção de riscos e enfrentamento da crise. O instituto da recuperação, judicial somado às escolhas conscientes e planejadas, tem permitido o equacionamento das dívidas de empresas viáveis, com a reorganização das operações, que repensam o negócio e geram correções de rotas e estratégias, retomando o crescimento já nos primeiros anos.
Advogada de Gestão de Crise
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