Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 02 de Março de 2017 às 16:34

Donald Trump ameniza tom, mas critica imprensa

Em qual presidente Donald Trump o mundo deve acreditar? Mais ainda, o que os norte-americanos esperam do seu impulsivo presidente? Em verdade, o republicano que desmontou a tradicional política de Washington, da mesma forma que ocorreu em outros países, está cumprindo as suas promessas de campanha. Muitas delas julgadas não só inverossímeis como apenas discursos para a classe média baixa dos Estados Unidos da América (EUA).
Em qual presidente Donald Trump o mundo deve acreditar? Mais ainda, o que os norte-americanos esperam do seu impulsivo presidente? Em verdade, o republicano que desmontou a tradicional política de Washington, da mesma forma que ocorreu em outros países, está cumprindo as suas promessas de campanha. Muitas delas julgadas não só inverossímeis como apenas discursos para a classe média baixa dos Estados Unidos da América (EUA).
Porém ele está confirmando aquilo que falou para ser eleito. Tanto é verdade que, no seu primeiro discurso no Congresso, para senadores e deputados, Donald Trump baixou o tom agressivo e passou uma mensagem de união. Porém o discurso acabou sendo minado, no final, pela típica retórica "trumpiana", quando afirmou que "tudo que está errado em nosso país pode ser consertado. Cada problema pode ser resolvido. E toda família ferida pode achar a cura e a esperança". A retórica "trumpiana" é como parte da imprensa adjetiva os pronunciamentos do presidente, que, por isso, brigou com parte dela.
O presidente pediu unidade entre os partidos Republicano e Democrata, para enfrentar os problemas do país. Reafirmou que, para proteger os EUA do que chamou de terrorismo radical islâmico, é preciso controlar as fronteiras. Também pediu ao Congresso que empreenda uma reforma das leis de imigração. Para irritação do governo vizinho, voltou a defender o polêmico muro entre os Estados Unidos e o México, afirmando que é uma grande arma contra as drogas e o crime. Também declarou que é preciso reiniciar o motor da economia. Defendeu corte de impostos, de regulações e a renegociação de acordos de livre comércio. Disse ainda que está preparando uma reforma tributária histórica. Mas, para desespero dos parlamentares democratas presentes, Trump voltou a pedir o fim do sistema de saúde conhecido como Obamacare, aprovado pelos democratas e em vigor desde 2014, um plano de saúde bem popular.
Ora, os Estados Unidos, desde 2008, quando eclodiu a crise com a quebra do banco Lehman Brothers, que foi o estopim de problemas financeiros que se espalharam pelo mundo, não vinham bem. Resultado disso é que a política tradicional sofreu uma reviravolta e, mesmo sendo a mais votada nas últimas eleições, Hillary Clinton não venceu, pelo sistema de voto qualificado com os delegados em estados representativos do país. Foi o rompimento com o tradicional e a vitória de um gestor privado de sucesso. No Brasil, em São Paulo, com João Doria, ocorreria algo parecido. A corrupção que assola o cenário político brasileiro fez com que os votos fossem direcionados para aqueles que não prometiam o mais do mesmo, figuras geralmente testadas, mas que não obtiveram sucesso. Muito provavelmente, ocorreram injustiças e decepções, não sendo eleitos aqueles que, no imaginário do eleitor, eram os culpados ou, pelo menos, os que representavam um fracasso administrativo, permeado por muita corrupção. Já Donald Trump não tem o que perder, eis que jamais havia ocupado cargo público e era um empresário mais do que bem-sucedido, no rastro da fortuna que o pai lhe deixou, antes de se tornar não apenas um famoso apresentador de televisão como também milionário no ramo imobiliário.
Agora, virá um orçamento espetacular para as forças armadas estadunidenses, com prejuízo de outros setores. Porém Trump não se afastará da sua frase símbolo de campanha, de tornar os Estados Unidos grandes novamente. Se vai conseguir ou não, somente o futuro nos dirá. Mas o mundo que saber o que Donald Trump fará nas próximas semanas.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO