O Havaí se tornou o primeiro estado norte-americano a entrar na Justiça contra a nova ordem executiva migratória anunciada no começo da semana pelo presidente Donald Trump. Na próxima quarta-feira, o assunto será julgado em um tribunal federal de Honolulu.
Quando a Casa Branca editou a primeira medida anti-imigração, em fevereiro, o Havaí foi um dos estados a protocolar um pedido de derrubada do veto na Justiça. A nova ordem executiva entra em vigor em 16 de março. A medida, revisada após severas críticas da opinião pública e pressão judicial, impede a emissão de vistos para cidadãos de seis países muçulmanos e interrompe temporariamente o programa de refugiados dos Estados Unidos. Isto não se aplica aos viajantes que já possuem vistos.
Após protocolar o processo, na terça-feira, o juiz federal Derrick Watson permitiu que o Havaí desse prosseguimento ao pedido de anulação do novo veto migratório. O magistrado definiu para 15 de março uma audiência para tratar do tema - dia anteriormente marcado para a medida entrar em vigor.
A alegação do governo do Havaí é que o banimento prejudicará a população muçulmana no estado, bem como o turismo familiar e estudantil. "O Havaí é especial por sempre ter sido contra a discriminação, tanto na formação histórica quanto na consolidação do território", disse o procurador-geral, Douglas Chin. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos se recusou a comentar o assunto.