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Dia Internacional da Mulher

- Publicada em 08 de Março de 2017 às 15:25

Data é marcada por protesto nos EUA

Elas representam mais de 47% da força de trabalho nos Estados Unidos

Elas representam mais de 47% da força de trabalho nos Estados Unidos


WIN MCNAMEE/AFP/JC
Mulheres dos Estados Unidos decidiram faltar ao trabalho, fechar a carteira e vestir vermelho em passeatas em todo o país nesta quarta-feira, para dar uma mostra de sua força econômica e social como parte das celebrações do Dia Internacional da Mulher. O "Dia sem Mulher" é o primeiro grande ato organizado pelo grupo Marcha das Mulheres desde os protestos que aconteceram no fim de semana da posse do presidente Donald Trump, quando milhões de mulheres ocuparam as ruas de diversas cidades contra a misoginia, a desigualdade e a opressão.
Mulheres dos Estados Unidos decidiram faltar ao trabalho, fechar a carteira e vestir vermelho em passeatas em todo o país nesta quarta-feira, para dar uma mostra de sua força econômica e social como parte das celebrações do Dia Internacional da Mulher. O "Dia sem Mulher" é o primeiro grande ato organizado pelo grupo Marcha das Mulheres desde os protestos que aconteceram no fim de semana da posse do presidente Donald Trump, quando milhões de mulheres ocuparam as ruas de diversas cidades contra a misoginia, a desigualdade e a opressão.
Outros países também registraram ações. Na Suécia, a equipe feminina de futebol trocou seus nomes nas costas pelo de mulheres suecas "que lutaram pela igualdade" no país. A Finlândia anunciou um prêmio internacional para incentivar a igualdade de gênero. Passeatas também foram registradas no Japão, na Espanha, na Turquia, na Itália e na República Dominicana.
Nos EUA, a porta-voz da Marcha das Mulheres, Cassady Findlay, afirmou que o "Dia sem Mulher" foi inspirado no "Dia sem Imigrante", que ocorreu mês passado em protesto contra o decreto anti-imigração do presidente. Segundo ela, a ação procura salientar a importância das mulheres no sistema socioeconômico nacional e também como elas, sendo empregadas ou não fora de casa, mantêm lares, comunidades e economias funcionando. "Nós provemos tudo isso e mantemos o sistema rodando, mas recebemos menos benefícios", notou.
Ontem, Trump utilizou seu perfil no Twitter e pediu que seus seguidores se juntassem a ele "para honrar o importante papel das mulheres" nos EUA e ao redor do mundo. Ele afirmou também ter "tremendo respeito pelas mulheres e pelos muitos papéis que elas assumem, que são vitais para o tecido da nossa sociedade e economia".
Cidades como Nova Iorque, Filadélfia, Baltimore, Washington e Berkeley foram algumas das que tiveram atos. Com isso, empresas e instituições tiveram que fechar para o dia ou dar folga a suas funcionárias. Escolas públicas em cidades dos estados de Maryland, Virginia e Carolina do Norte também cancelaram aulas em antecipação ao evento.
Segundo o censo dos EUA, as mulheres correspondem a mais de 47% da força de trabalho e são dominantes em profissões como enfermagem, caixas, contabilidade e farmácia. Elas também são um terço dos médicos e cirurgiões, advogados e juízes. Cerca de 55% dos universitários são mulheres.
Ainda assim, elas recebem menos que os homens. Em média, ganham US$ 0,80 para cada dólar recebido por eles. A renda média feminina foi de US$ 40.742 em 2015, contra US$ 51.212 para os homens.
 

Governo islandês institui exigência de remuneração igualitária entre gêneros

O governo da Islândia anunciou ontem, Dia Internacional da Mulher, a exigência de que as empresas no país provem remunerar seus funcionários de maneira igual, a despeito de gênero, etnia e nacionalidade. A legislação será votada pelo Parlamento durante este mês e pode entrar em vigor nos próximos anos.
A medida, que vale para empresas com mais de 25 empregados, integra a meta estabelecida por essa ilha europeia de erradicar a desigualdade de gênero até 2022. O ministro de Assuntos Sociais e Igualdade, Thorsteinn Víglundsson, afirmou que decisões anteriores do governo - como introduzir uma cota de 40% para conselhos de grandes empresas - não foram suficientes para os avanços esperados.
A Islândia lidera, há oito anos, o índice de igualdade de gênero do Fórum Econômico Mundial e foi eleita pela revista Economist como o melhor lugar do mundo para as mulheres trabalharem. O Brasil ficou em 79º lugar no ranking de 2016. 
Com uma diminuta população de 320 mil pessoas, a Islândia tem um histórico de grandes gestos em prol dos direitos iguais. Em 1975, 90% das mulheres entraram em greve profissional e doméstica e um quinto delas foi às ruas. 
Apesar dos avanços, ainda há disparidade. Em outubro, foram às ruas protestar contra a diferença de quase 30% no pagamento de homens e mulheres, segundo algumas estimativas.