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- Publicada em 26 de Março de 2017 às 22:11

Falta de fiscalização do Brique da Redenção desanima comerciantes

Há 35 anos no Brique, Barbosa não vê motivos para comemoração

Há 35 anos no Brique, Barbosa não vê motivos para comemoração


CLAITON DORNELLES/JC
Suzy Scarton
Um dos pontos mais visitados pelos porto-alegrenses em qualquer uma das estações, o Brique da Redenção, localizado junto ao Parque da Redenção, completou 39 anos neste domingo. Criado em 1978, o local hoje recebe cerca de 50 mil visitantes por domingo e conta com 182 expositores de artesanato, 70 de antiguidades, 40 de artes plásticas e 10 de gastronomia. A celebração incluiu desfile de carros antigos, exposição de lambretas, distribuições de balões e atrações musicais.
Um dos pontos mais visitados pelos porto-alegrenses em qualquer uma das estações, o Brique da Redenção, localizado junto ao Parque da Redenção, completou 39 anos neste domingo. Criado em 1978, o local hoje recebe cerca de 50 mil visitantes por domingo e conta com 182 expositores de artesanato, 70 de antiguidades, 40 de artes plásticas e 10 de gastronomia. A celebração incluiu desfile de carros antigos, exposição de lambretas, distribuições de balões e atrações musicais.
Ainda assim, o clima não era de comemoração entre os comerciantes. Expositor do Brique há 35 anos, o artesão Marco Antônio Barbosa Ribeiro, que trabalha com fantoches, disse que há pouco a ser exaltado, mesmo em uma data tão significativa. "O Brique está tomado de invasores, e nossa reação é de passividade, uma vez que a prefeitura não toma atitude", explica, referindo-se aos ambulantes que também ocupam o espaço vendendo mercadorias. "Todo mundo que está aqui passou por uma seleção, conquistou o espaço, e produz sua própria arte. Cria-se então uma concorrência desleal com esses outros, que compram os objetos em atacado e vendem aqui", relata.
Essa também é a visão do tesoureiro da Associação dos Artesãos do Brique da Redenção e membro da comissão que coordena o setor de artesanato na feira, Paulo Grala. "Faz um bom tempo que o Brique está abandonado. Não tem fiscalização, os camelôs invadiram e, hoje, os chamados artistas de rua fazem o que querem. Gostamos deles, fazem parte do Brique desde o início, mas queremos regras de convivência", define.
Outra reclamação dos comerciantes é a falta de segurança no local. Ontem, a prefeitura finalizou o cercamento eletrônico do parque, com 26 câmeras integradas por meio de um sistema que capta imagens e as transmite por fibra óptica ao Centro Integrado de Comando da Capital (Ceic). De acordo com a secretária municipal adjunta de Segurança, Claudia Crusius, as câmeras conseguiram fazer uma varredura em 80% do parque. "As imagens ajudam a ver o que ocorre no parque, de modo preventivo, e também identificam problemas para agir o mais rápido possível", explica. Claudia considera a entrega das câmeras como um presente para o Brique.
Os comerciantes, no entanto, ainda estão céticos. Para o artesão Amarildo Paulo Silveira, que expõe seu trabalho há 23 anos, é preciso policiamento. "Hoje (ontem), até vi alguns policiais, mas normalmente não tem. Se não tem, o movimento cai. É um conjunto de fatores", analisa. Para Silveira, isso também dificulta o trabalho da antiga Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic). "A Brigada Militar tem que dar apoio. Caso contrário, a Smic vem, mas não retira os comerciantes irregulares", explica, afirmando que essa situação se acentuou nos últimos seis meses.
Mas não é só de lamentações, porém, que vive o Brique. Para Ribeiro, a feira transcendeu as barreiras do Rio Grande do Sul. "Transformou-se em uma instituição. Tem turista que vem a Porto Alegre só para conhecer o Brique da Redenção", explica. Além disso, ele notou que a ocupação dos parques em momentos de lazer se tornou rotineira entre os gaúchos. "No passado, depois da missa das 11h30min, já não tinha mais ninguém por aqui", lembra. Já Silveira destacou a conquista das máquinas de cartão de crédito de uso coletivo, que impulsionou as vendas.
A prefeitura organizou uma série de ações no parque em alusão aos 245 anos de Porto Alegre, completos também no domingo. O evento "A Redenção é Nossa" contou com a presença das unidades móveis da Defensoria Pública do Estado e do Procon, apresentações artísticas e exposições fotográficas.
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