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Geral

- Publicada em 22 de Março de 2017 às 18:23

Para ter aulas, alunos ocupam prédio da Uergs em Porto Alegre

Segundo diretório acadêmico, cerca de 50 estudantes participam do ato

Segundo diretório acadêmico, cerca de 50 estudantes participam do ato


JC
Igor Natusch
Cerca de 50 estudantes estão ocupando, desde terça-feira, um dos prédios da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs). O motivo, contudo, não é interromper as aulas para que seja atendida alguma demanda política ou estudantil. Ao contrário: o que os alunos buscam é garantir que o edifício, envolvido em um impasse entre a Uergs, a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e o governo estadual, seja efetivamente destinado às atividades da universidade.
Cerca de 50 estudantes estão ocupando, desde terça-feira, um dos prédios da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs). O motivo, contudo, não é interromper as aulas para que seja atendida alguma demanda política ou estudantil. Ao contrário: o que os alunos buscam é garantir que o edifício, envolvido em um impasse entre a Uergs, a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e o governo estadual, seja efetivamente destinado às atividades da universidade.
Desde 2013, a Uergs mantém contrato de uso compartilhado, com a CEEE, de parte das instalações no bairro Agronomia, em Porto Alegre. O acordo, com duração de 30 anos, prevê pagamento de R$ 130 mil mensais à companhia. As parcelas, porém, estão atrasadas - segundo a universidade, em consequência do corte de repasses do governo destinados a esse fim. A dívida, hoje, estaria em torno dos R$ 3 milhões.
O prédio 11, que abrigaria salas de aula da Uergs, seria liberado pela CEEE no ano passado, após o encerramento de um curso do Centro Técnico de Aperfeiçoamento e Formação do órgão. Com a dívida, porém, a entrega não ocorreu, o que ampliou as dificuldades já existentes de espaço físico para os cursos da Uergs. Em assembleia ocorrida na terça-feira, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) decidiu pela ocupação, por tempo indeterminado, para permitir o acesso de estudantes, professores e funcionários ao local.
A reportagem do Jornal do Comércio constatou que aulas estavam sendo ministradas no local na tarde de ontem. De acordo com Éderson Gustavo de Souza Ferreira, coordenador-geral do DCE da Uergs, são as primeiras oferecidas pela universidade no prédio em mais de dois anos. "Estamos com aulas em três turnos", afirmou.
Além do espaço, a instituição tenta garantir cerca de R$ 13 milhões, obtidos junto à União em 2012 para a construção do campus central da Uergs. A liberação da primeira parcela, de R$ 3,5 milhões, depende de contrapartidas do governo gaúcho - entre elas, a terraplanagem do terreno, com custo de R$ 800 mil e ainda não financiada pelo Piratini. Além das salas de aula, o espaço deve abrigar um anfiteatro, biblioteca central e a reitoria, que hoje está em prédio alugado no Centro.
Estava prevista para o começo da noite de ontem uma reunião da reitoria da Uergs e representantes dos alunos com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Fábio Branco. Até o fechamento da edição, não havia definição sobre os resultados do encontro. 
"Precisamos mostrar para o atual governo que a Uergs é investimento, e não gasto", ressaltou Ferreira. "Sabemos que o Estado e o País estão em crise, mas queremos mostrar que a saída da crise só virá com investimentos em educação."
Em nota, a CEEE afirma que o prédio vinha sendo utilizado para treinamentos e que a ocupação, além de interromper essas atividades, coloca equipamentos e estruturas em risco. A companhia vai buscar na Justiça as ações cabíveis para retomar a posse do prédio.
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